O governador Wilson Lima (PSC) cobrou da Prefeitura de Manaus que faça a parte dela no combate à pandemia. Ele afirmou, durante entrevista coletiva na sede do Governo do Estado, na zona oeste de Manaus, que a Prefeitura recebeu R$ 50 milhões do Governo Federal só para combate à Covid em 2020 e que, até o momento, não se sabe onde foi aplicado.
“O hospital de campanha que foi montado aí, ninguém sabe até hoje quem efetivamente montou, se foi a Prefeitura, se foi um grupo de hospitais. O Estado inclusive cedeu equipamentos pra esse hospital. A Prefeitura, só com o Covid, recebeu algo em torno de R$ 50 milhões. Enquanto todas as prefeituras do país, inclusive do interior do Amazonas compraram testes rápidos e fizeram essa testagem, quantos testes é que a Prefeitura de Manaus fez? Quantos testes rápidos foram disponibilizados para a população?”, disparou o governador.
Wilson Lima também questionou a baixa cobertura das Unidades Básicas de Saúde (UBS) durante a pandemia. “Das 90 unidades básicas de saúde da Prefeitura, apenas 18 foram colocadas à disposição para atender os casos de Covid e, detalhe, funcionando só de segunda a sexta, porque se adoecer e precisar procurar uma unidade básica de saúde sábado, domingo e feriado, esqueça”, lembrou, ao destacar que o Estado manteve e mantém todas as suas 57 unidades de portas abertas, dedicando especial atenção aos casos de Covid.
“Então é importante destacar aqui que cada um tem que fazer o seu papel, cada um tem que assumir a sua responsabilidade nesse processo de atendimento à Covid. Essa não é só uma responsabilidade do Estado”, reforçou.
O governador também divulgou avaliação feita pela Opas (Organização Pan-Americana de Saúde), em setembro de 2020, sobre a importância da saúde básica no combate à Covid. “A OPAs comprovou que o motivo pelo qual nós tivemos uma letalidade menor no interior foi resultado da atenção básica nesses municípios, diferente do que aconteceu aqui na capital. Pra se ter ideia, Manaus está entre as sete capitais brasileiras que não tem um hospital público”, completou.
