“Vocês são como animais”, dispara português contra brasileiro

Um carioca que decidiu passar o Réveillon em Brasília precisou interromper o curto recesso para procurar os órgãos oficiais e denunciar um caso de xenofobia. O produtor de eventos Jads Rosa, 35 anos, chegou à capital federal na tarde do último sábado (26/12), quando passou a receber mensagens de um número desconhecido de Portugal.


O primeiro contato com o estrangeiro aconteceu por meio de um aplicativo de relacionamento, há cerca de três anos. Desde então, após a recusa de seguir com a conversa, não houve mais investidas até a mais recente, ocorrida um dia após o Natal. O caso é investigado como injúria racial pela Polícia Civil (PCDF).

“Do nada, recebi a mensagem, e nem o número dele eu tinha na minha agenda do WhatsApp. Quando percebi que se tratava da mesma pessoa que eu já havia me negado a conversar anteriormente, voltei a rejeitar o diálogo, mesmo porque estamos muito longe. Foi quando ele passou a disparar mensagens com ofensas contra mim, minha mãe, o povo daqui, e ainda falando essas coisas absurdas de que brasileiros são chipanzés. Isso só ocorre porque é um crime que quase nunca é penalizado”, assinalou Jads.

Por recusar as investidas do estrangeiro e não liberar a foto do perfil, o brasileiro passou a ser agredido de forma insistente pelo acusado. As declaração são fortes.