Vítima e extorsão afirma que dono do “Manaus Memes” é responsável pelas ameaças de vazamento de nudes

A dupla de administradores de páginas de fofoca, identificada como Douglas Gustavo Guimarães, de 22 anos e Paulo Victor de Oliveira Repolho, de 24 anos, foi presa na manhã da última segunda-feira (15), suspeitos de ameaçar divulgar fotos íntimas de mulheres para conseguir dinheiro.

Algumas das vítimas ainda chegaram a ser expostas em grupos de mensagens.  Um dos criminosos é dono da página “Manaus Memes” e “Chora Manaus”, ambas com enorme sucesso no Instragram e demais redes sociais.

Segundo informações, um dos “blogueiros” identificado como Douglas Gustavo Guimarães, afirmou que teria tido sua conta (Manaus Memes) hackeada, e que tudo não passaria de uma mal entendido. Ainda na sequência, uma das vítimas denunciou e afirmou que se tratava dele mesmo, embora ele quisesse “tirar o dele da reta”, após repercussão do golpe.

Ainda de acordo com a vítima que efetuou a denúncia e registrou o boletim de ocorrências, a dupla criava perfis falsos e chantageava as vítimas. “Ele ameaçava eu e muitas meninas de expor fotos íntimas caso não enviasse o que o mesmo pedia, as outras meninas tinham medo, eu tive coragem e fui até a delegacia”, explicou a jovem.

De acordo com o Delegado Antônio Rondon, da Delegacia Especializada em Repressão aos Crimes Cibernéticos a ouviu. “A polícia invadiu a casa do meliante e viu no celular que ele tinha acesso a essa página”, disse ela, se referindo ao perfil “Manaus Memes” e “Chora Manaus“, que seriam administrados por Douglas Gustavo Guimarães.

Já Paulo Victor de Oliveira Repolho era quem fornecia a conta onde os pagamentos pelas fotos vazadas, cada uma por R$ 50, eram feitos. Os dois tinham grupos de mensagem com mais de 200 mil pessoas onde vendiam os “nudes” das vítimas que nem imaginavam que tiveram as imagens roubadas.

ENTENDA O CASO

A dupla de responsáveis pelas páginas “Manaus Memes” e “Chora Manaus”, identificada como Douglas Gustavo Guimarães Campos, de 22 anos, e Paulo Victor de Oliveira Repolho, de 24 anos, foi presa, na manhã da última segunda-feira (15), sob suspeita de extorsão e ameaças de divulgação de fotos íntimas (nudes). De acordo com as investigações, a dupla negociava as fotos, chegando a “arrancar” R$ 2.500 das vítimas.

Um dos responsáveis foi preso no Conjunto Tiradentes, no Aleixo, bairro localizado na Zona Centro Sul de Manaus. Segundo o Delegado Antônio Randon, Titular da Delegacia Especializada em Repressão a Crimes Cibernéticos (DERCE), Douglas Gustavo Guimarães Campos é administrador de dois perfis em uma rede social, que juntos somam mais de 600 mil seguidores; já Paulo Victor de Oliveira Repolho era o dono da conta bancária onde as quantias era depositadas

“Douglas seria o criador, a mente pensante desse golpe. Ele criou o site oferecendo serviços de acompanhantes colocando fotos das vítimas. Ele alega que existe uma pessoa em São Paulo que conseguia as fotos das vítimas, mas a gente acredita que isso é falso. As vítimas que já entraram em contato com a gente disseram que receberam ligações e em seguida aparecia o site como se elas estivessem oferecendo serviços de cunho sexual atrás de pagamento. Elas alegam que as fotos realmente existiam, estavam nos celulares delas e não sabem como foram hackeadas. O Paulo foi aquele que deu a chave pix para fazer os pagamentos e depois a distribuição que eles arrecadassem”, esmiuçou o delegado.

As investigações iniciaram após uma vítima registrar um Boletim de Ocorrência (BO), ela contou que, inicialmente, um perfil fake entrou em contato dizendo que iria publicar suas fotos intimas, no entanto, ela achou que aquilo era trote e bloqueou o perfil. Dias depois, ela foi informada que estavam circulando fotos delas em grupo de conteúdo pornográfico; iá eles falavam que para mandar as fotos explícitas, sem emojis, os integrantes deviam transferir os valores para uma chave pix cadastrada.

As diligências terão continuidade para localizar outras vítimas, bem como averiguar a participação de outros indivíduos. Ambos foram autuados por extorsão, invasão de dispositivo informático de uso alheio e falsa identidade. Eles serão encaminhados à audiência de custódia ficarão à disposição da justiça.