A luta de boxe entre Acelino ‘Popó’ Freitas e Wanderlei Silva virou briga de rua generalizada entre as equipes, no card principal do Spaten Fight Night 2, em São Paulo, na madrugada de sábado para domingo (28). A vitória do boxeador por eliminação do adversário no quarto round teve um triste momento logo após a decisão do árbitro, com troca de socos e agressão à lenda do MMA, que desmaiou e precisou ser levada ao hospital.
A luta deveria ser até o 8º round, mas foi encerrada na metade porque Wanderlei deu três cabeçadas em Popó, o que é proibido no boxe. Quando os membros das equipes dos dois lutadores entraram no ringue, começou a confusão.
Popó foi agredido com socos pelo ex-lutador Fabrício Werdum, enquanto Wanderlei levou um soco de direita de um homem vestindo smoking e foi à lona. O lutador recobrou a consciência e deixou o ringue caminhando com apoio. Ele foi levado ao hospital, onde recebeu pontos no supercílio, teve constatado o nariz quebrado e recebeu alta após quatro horas.
Popó fez um pronunciamento nas redes sociais e se desculpou pelo ocorrido, culpando as duas equipes por terem começado a confusão.
“Vim aqui para dar um show para vocês, para fazer o melhor possível. Se o Wanderlei me deu cabeçada, se deu cotovelada, era eu e ele e mais ninguém. Nem a minha equipe e nem a equipe dele deveria se meter. A briga aqui dentro é entre eu e ele”, começou.
O tetracampeão mundial de boxe também criticou Werdum: “Eu não sei para que m… esses caras colocaram o Werdum nesse evento. Esse cara só faz m…. Werdum, eu tenho vergonha, cara. Se eu fosse você, eu teria vergonha, tá? Tenho vergonha. Você que veio para cima de mim. Tem um vídeo gravado de você em cima de mim, querendo me bater, velho. Mas Deus sabe o que faz”.
Já Werdum, que é amigo e fazia parte da equipe de Wanderlei, deu sua versão sobre o ocorrido:
“Tinha uns vinte. Estavam eu, o Wanderlei, o Thor (Silva, filho de Wanderlei) e o (André) Dida (treinador). Então, para vocês entenderem, eu acho que as imagens não mentem. Foi uma reação nossa, uma reação ao ataque deles, porque eles começaram a gritar e vieram para cima”.
Patrocinadora do evento, a Spaten reprovou a briga generalizada.
“Acreditamos que o espírito esportivo e o respeito às regras devem sempre prevalecer. Reprovamos os eventos que ocorreram após o término da última luta, que não representam esses princípios. Continuaremos trabalhando para apoiar e elevar os valores do esporte e das artes marciais”, disse em nota.
