
A eleição na Venezuela acontece neste domingo (28) e deve confirmar quem governará governará o país entre 2025 e 2031. Ao todo, são dez candidatos, incluindo o Presidente Nicolás Maduro.
Assim como no Brasil, o sistema de votação do país conta com uma urna eletrônica. O mecanismo, no entanto, possui algumas diferenças do aparelho utilizado nacionalmente, assim como o processo de votação.
Na Venezuela, ao chegar no local de votação, o eleitor deve apresentar sua identidade e realizar o reconhecimento biométrico através da impressão digital. Em seguida, vai até a urna eletrônica para computar seu voto.
Efetuado o voto, a urna realiza uma impressão em papel da escolha feita pelo eleitor, que pode confirmar se as informações estão corretas. Após a checagem, ele se dirige para uma outra urna, na qual deposita o voto impresso.
TENSÃO POLÍTICA
Nicolás Maduro afirmou em um comício que pode haver “banho de sangue” e “guerra civil” no país caso ele não vença as eleições deste domingo. A fala, de forma óbvia, não repercutiu bem para aqueles que de fato defendem a democracia.
Para quem não se lembra, em 2019, durante as manifestações contra a ditadura de Maduro lideradas por Juan Guaidó, viralizaram imagens que mostravam blindados da Guarda Nacional da Venezuela atropelando manifestantes nas ruas. Além disso, o regime chavista havia censurado e interrompido transmissões de emissoras de rádio e TV a cabo que cobriam as manifestações. Fatos absurdos, mas que para os adeptos da democracia relativa, golpe mesmo é portar bíblias.
Em janeiro deste ano, Maduro afastou María Corina Machado, franca favorita para derrotá-lo, após uma decisão do Supremo Tribunal de Justiça, alinhado à tirania venezuelana. A manipulação do chavismo a deixou inabilitada de ocupar cargos públicos por quinze anos. Mais um avanço para afastar opositores do caminho do déspota. Corina agora apoia a candidatura do oposicionista Edmundo González, cotado por três institutos de pesquisa para ganhar o pleito com ampla margem.