Usando de chantagem, Josué Neto busca vaga vitalícia no TCE-AM

Amazonas – Após falhar com “Fake News” divulgada nesta semana, sobre a Procuradoria Geral da República (PGR) ter emitido um pedido de afastamento do governador Wilson Lima (PSC), seu vice Carlos Almeida (PTB) e mais oito deputados, o presidente da ALE-AM (Assembleia Legislativa do Amazonas) Josué Neto (PRTB), tenta mais uma vez barganhar com o governo do Estado.

A notícia divulgada pela TV Norte Amazonas foi corrigida na última terça-feira (17), e foi compartilhada por Josué Neto e seus seguidores.

Em suas últimas semanas como presidente da ALE-AM, tenta mais uma vez articular um rito de impeachment contra o do governador Wilson Lima . O primeiro pedido foi feito pelo Sindicato dos Médicos do Amazonas (Simeam) em abril deste ano, aprovado por Josué Neto na época e arquivado pela grande maioria dos deputados.

Segundo informações dos bastidores, o presidente da casa legislativa ainda tenta a todo custo tirar na “marra” o comando do poder executivo estadual de Wilson. Ainda segundo informações dos bastidores, como última “cartada”, Josué Neto estaria pretendendo chantagear executivos do governo do Estado para conseguir cargos “privilegiados” na ALE-AM, ou uma vaga no conselho do TCE-AM (Tribunal de Contas do Amazonas), cujo mesmo é vitalício.

Vale lembrar que o Josué Filho, pai de Josué Neto, é conselheiro do TCE-AM atualmente.

Fontes dentro do governo do Estado e que preferiram não se identificar ainda ressaltaram sobre as atitudes do presidente da ALE-AM.

“Fazer o que né? tá acabando o mandato dele. Agora ele vai vir pra cima pra querer cargo com privilégio. Olha o que circula aqui é que vai segurar esse pedido de impeachment até ele conseguir alguma coisa. Vamos ver o que vai acontecer daqui pra frente“, disse um servidor do governo que preferiu não se identificar.

A reportagem tentou entrar em contato com Josué Neto a respeito das acusações, mas até o fechamento da matéria não houve nenhum retorno

Novo Pedido de Impeachment

O presidente do Conselho Regional de Administração do Amazonas (CRA-AM), Inácio Guedes Borges, e o presidente do Conselho Regional de Economia do Amazonas (Corecon-AM), Francisco de Assis Mourão Junior ingressaram na Assembléia Legislativa do Estado (ALE), nessa terça-feira (17), com uma denúncia com pedido de impeachment do governador, Wilson Lima (PSC), alvo de investigações da Operação Sangria, deflagrada pela Polícia Federal (PF), e que apura as práticas de esquema de corrupção na compra superfaturada de 28 respiradores pulmonares feitas pelo Governo numa loja de vinhos, no valor de R$ 2,9 milhões, durante a pandemia do novo coronavírus (causador da Covid-19), no Estado.

Foi usado como base no pedido, revelações de depoimentos, como do ex-secretário de Estado de Saúde, Rodrigo Tobias, feitos à Polícia Federal (PF), no âmbito da operação apontando a participação direta do governador Wilson Lima na compra de respiradores superfaturados.

Primeiro pedido

No dia 21 de abril deste ano, o Sindicato dos Médicos do Amazonas (Simeam) também apresentou o pedido de impeachment alegando que o governador e o vice, Carlos Almeida, cometeram crimes de responsabilidade na condução dos esforços contra a pandemia de coronavírus no Estado. Porém, o processo de impeachment contra os mandatários foi arquivado pela maioria dos votos na Assembleia Legislativa.