Trump cita o Brasil como país que taxa demais, e manda recado: “Taxaremos de volta”

O presidente eleito dos Estados Unidos, Donald Trump, defendeu suas propostas para elevar tarifas para produtos estrangeiros, e disse que a atitude será uma resposta a países que taxam as exportações americanas. Ao citar exemplos de nações que teriam tarifas elevadas, o republicano citou Brasil e Índia.

Ele deu declarações em uma coletiva de imprensa em Mar-a-largo, na Flórida. Essa foi sua primeira coletiva desde que foi eleito.

– Quem nos taxar, taxaremos de volta. Tarifas farão nosso país rico – afirmou

Questionado sobre o impacto inflacionário da imposição de novas tarifas, Trump respondeu que, em seu primeiro mandato, elevou uma série de tarifas, e que o movimento não aumentou a inflação. O republicano defendeu ainda uma série de outras medidas de seu antigo governo, especialmente os cortes de impostos.

Sobre as relações com a China, Trump fez uma série de elogios ao líder Xi Jinping, ainda que não tenha confirmado a presença do chinês em sua posse. Segundo o americano, ambos contavam com uma boa relação quando estavam no poder, mas a pandemia alterou a situação. Por sua vez, ele disse que Xi é um amigo, e que “China e EUA podem resolver todos os problemas do mundo”.

Trump anunciou ainda que o Softbank fará investimento de 100 bilhões de dólares (R$ 614,86 bilhões) nos EUA ao longo dos próximos quatro anos, demonstrando confiança no mandato, afirmou. O foco será em inteligência artificial e outras indústrias do futuro.

O presidente eleito repetiu uma proposta de que aqueles que investirem mais de 1 bilhão de dólares (R$ 6,15 bilhões), terão facilidades com licenças federais, incluindo ambientais. O republicano defendeu os planos para aumento da exploração de hidrocarbonetos no país, dizendo que há energia suficiente nos Estados Unidos para não ser necessário importar de outros lugares, citando nominalmente a Venezuela.

Trump falou bastante sobre a guerra da Ucrânia, que admitiu ser uma questão mais complicada de se resolver do que os atuais conflitos no Oriente Médio. Ainda assim, ele disse que conversará com o presidente russo Vladimir Putin e com o ucraniano Volodimir Zelenski para colocar um fim à guerra.

Fonte: AE