O Tribunal Superior Eleitoral, firmou uma parceria com as principais redes sociais para combater a disseminação de informações falsas nas eleições. O A informação partiu do presidente do TSE Luís Roberto Barroso, na noite deste domingo (27).
A parceria, segundo o ministro, envolve WhatsApp, Twitter, Facebook, Instagram, Google e TikTok e propõe que as companhias se comprometam com o desenvolvimento de ferramentas de monitoramento de páginas e perfis com comportamentos “inautênticos e coordenados”.
“Claro que nós iremos reprimir os casos de fake news que possam ser reprimidos judicialmente. Mas nós estamos fazendo um pouco diferente. Nós estamos tendo uma atuação preventiva intensa para tanto minimizar a ocorrência de fake news, quanto para procurar neutralizar a ocorrência de fake news”, afirmou o presidente do TSE.
A campanha eleitoral começou oficialmente neste domingo. O horário eleitoral na televisão e no rádio começa no dia 9 de outubro e vai até 12 de novembro. O primeiro turno das eleições será no dia 15 de novembro e o segundo turno no dia 29 de novembro.
Reconhecendo a dificuldade de controlar a disseminação de informações falsas apenas pelo conteúdo delas, Barroso afirmou que as ferramentas a ser desenvolvidas pelas redes sociais trabalharão na remoção de perfis falsos, uso indevido de robôs e de impulsionamentos ilegais de conteúdo. “Nenhum de nós no Judiciário deseja ser um censor do debate público”, afirmou.
Além disso, Barroso cita que essa disseminação é feita muitas vezes por grupos classificados por ele como “milícias digitais” e “terroristas verbais”. “Tem um financiamento privado. Nós vamos atrás do dinheiro também. Nós estamos atrás dessa gente, não pelas opiniões, mas pelo comportamento concertado de difusão de mentiras, de difusão de ódio, e de ataques à justiça eleitoral”, disse.