
O Tribunal Regional do Trabalho da 11ª Região (TRT11) determinou no último sábado (8), a suspensão da greve dos trabalhadores de ônibus prevista para começar na próxima terça-feira (11) em Manaus.
Segundo a decisão, a paralisação seria ilegal e abusiva, além de estipular multa de R$ 50 milhões por hora em caso de descumprimento. Ainda segundo o órgão, a suspensão da greve foi baseada no fato de que as negociações entre as empresas e o Sindicato dos Trabalhadores em Transporte Rodoviário e Urbano Coletivo de Manaus e Amazonas (STTRM) ainda estão em andamento, com mediação do Ministério Público do Trabalho (MPT).
O órgão destacou que já há uma nova sessão de mediação agendada para o dia 24 de março de 2025, às 14h reforçando que ainda há espaço para diálogo entre as partes antes da realização de uma greve.
CONFIRA ALGUMAS MEDIDAS TOMADAS PELO ÓRGÃO
O sindicato deve evitar qualquer ação que impeça total ou parcialmente a operação dos ônibus;
Tentativas de bloqueio das garagens ou impedimento da circulação dos veículos serão tratadas como crime de desobediência, com multa de R$ 50 mil por hora;
O STTRM deve manter uma distância mínima de 100 metros das garagens e terminais de ônibus;
Caso trabalhadores insistam na paralisação, as empresas poderão aplicar descontos salariais proporcionais aos dias não trabalhados.
ENTENDA O MOTIVO DA PARALISAÇÃO
A possibilidade da greve iniciou após uma assembleia realizada no último sábado (8), motivada pela decisão de uma das empresas de ônibus de operar sem cobradores. De acordo com o Sindicato dos Trabalhadores, essa decisão desrespeita um acordo trabalhista e uma lei municipal que garante a presença desses profissionais nos veículos.
O Sindicato das Empresas de Transporte de Passageiros do Estado do Amazonas (Sinetram) se pronunciou sobre a decisão destacando que mantém o compromisso com as negociações para evitar prejuízos à população.