TRE adia julgamento que se Adail Filho pode reeleger-se pela terceira vez

Amazonas – O julgamento que definirá o futuro do munício de Coari, que há mais de uma década vive sob os mandos e desmandos da família Pinheiro, foi novamente adiado pelo Tribunal Regional Eleitoral do Amazonas (TRE-AM), após o desembargador Elci Simões alegar “foro íntimo” e se declarar suspeito para participar do julgamento, nesta sexta-feira (11).

O julgamento decidirá pela elegibilidade de Adail Pinheiro Filho, candidato reeleito à prefeitura do município, pela terceira vez consecutiva. O fato repentino afronta diretamente ao artigo 14 constituição federal que prevê reeleição apenas de quatro anos (4), portanto apenas dois mandatos.

“Nesse caso, eu vou devolver esse processo agora e averbar minha suspeição por motivo superveniente íntimo. Algumas posições que eu tenho que tomar judicialmente, então estou me julgando suspeito por motivos de foro íntimo”, alegou o desembargador Elci Simõ ,em uma clara tentativa de obstrução ao processo legal.

O fato acontece apenas um dia após o desembargador pedir visto do processo para “examina-lo com mais propriedade”.

De acordo com a Revista isso é, em matéria publicada em 2009, O Conselho Nacional de Justiça (CNJ) determinou o afastamento do, na época, juiz Elci Simões, e do seu irmão desembargador Yedo Simões, do Tribunal de Justiça do Amazonas – suspeitos de negociarem sentenças que favoreceram Pinheiro e seu vice, Rodrigo Alves (PP).https://ad.lomadee.com/banner/view?sourceId=36533756&dimension=2&width=468&height=60&method=1&advertisers=5632,5798,5766&tags=https://ad.lomadee.com/banner/view?sourceId=36533756&dimension=9&width=350&height=350&method=1&advertisers=6456,6826&tags=

Dinastia Pinheiro

Não é de hoje que o munícipio de Coari tornou-se uma capitania hereditária, que obedece às leis de dinheiro sujo de sangue, dos cidadãos de um dos polos econômicos do estado. A família Pinheiro montou um sistema de governo próprio, acima da constituição federal.

Há pelo menos 15 anos o município tem como chefe do legislativo municipal um mebro da família de Adail, que tornou-se manchete nacional algumas vezes, em escândalos que envolvem enriquecimento ilícito à esquemas de pedofilia.

Desde que se estabeleceu a dinastia de Adail, Coari não realiza concurso público. Os 4 mil funcionários da prefeitura são gados dos seus mandatários, peça fundamental para o voto de cabresto em Coari.