
Uma auditoria de conformidade realizada pelo Tribunal de Contas do Amazonas (TCE-AM) nas folhas de pagamento da Secretaria Municipal de Educação (Semed) de Manaus visa investigar possíveis irregularidades nos gastos com pessoal da secretaria.
A conselheira presidente do órgão de contas, Yara Lins, designou os servidores Lucas Kenji Gomes, Aline Melquíades Silva e Bruno Machado Moreira para conduzir a auditoria. O processo será realizado em três etapas, conforme o cronograma estabelecido:
- Planejamento: A fase inicial ocorrerá de 1º de julho a 14 de setembro de 2025, onde serão definidos os objetivos, a metodologia e as ferramentas a serem utilizadas na auditoria.
- Execução: A partir de 15 de setembro e até 30 de novembro de 2025, os auditores coletarão dados, realizarão entrevistas e analisarão documentos, buscando identificar eventuais irregularidades nos gastos com pessoal.
- Relatório Conclusivo: Entre 1º e 19 de dezembro de 2025, será elaborado um relatório que apresentará as conclusões da auditoria, incluindo recomendações para aprimorar a gestão dos recursos e garantir a conformidade com as normas vigentes.
Essa auditoria é fundamental para assegurar a transparência e a responsabilidade na administração pública, especialmente em áreas tão sensíveis como a educação.
A auditoria na folha de pagamento da Semed está alinhada ao plano de inspeção ordinária das Diretorias e Departamentos vinculados à Secretaria de Controle Externo (Secex) para o ano de 2025. Este plano foi aprovado em sessões do Tribunal Pleno realizadas em novembro de 2024 e maio de 2025.
Esse alinhamento é essencial para garantir que as ações de fiscalização sejam direcionadas para as áreas que apresentam maior risco de irregularidades, promovendo uma gestão mais eficiente e transparente dos recursos públicos.
A auditoria não apenas busca identificar possíveis falhas, mas também tem o intuito de fortalecer os mecanismos de controle e promover a melhoria contínua na administração pública.
As conclusões e recomendações resultantes desse processo servirão de base para ações corretivas e preventivas, assegurando a correta aplicação dos recursos destinados à educação.
Vale destacar que o prefeito David Almeida (Avante) está enfrentando sérias acusações relacionadas à sua gestão na Educação Municipal. Uma das principais denúncias envolve o suposto uso indevido de R$ 41 milhões do Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica (Fundeb). Esse montante teria sido destinado ao pagamento do Fundo de Saúde dos Servidores Municipais (Funserv), o que levanta preocupações sobre a correta aplicação dos recursos educacionais.
Essas alegações geram um clima de incerteza e desconfiança entre a população e os servidores da educação, tornando a auditoria em curso ainda mais relevante. A investigação não apenas busca esclarecer os fatos, mas também reafirma a importância da transparência na administração pública, especialmente em um setor tão crucial para o desenvolvimento social e econômico da cidade. O desfecho dessa auditoria poderá impactar significativamente a continuidade da gestão atual e a confiança da população na administração municipal.
A Prefeitura de Manaus, por meio da Secretaria Municipal de Educação (Semed), não atendeu aos critérios legais exigidos para a obtenção de cerca de R$ 54 milhões em repasses do Governo Federal destinados ao Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica (Fundeb). Essa situação é alarmante, pois os recursos do Fundeb são fundamentais para garantir a qualidade da educação e o funcionamento adequado das escolas municipais.
O não cumprimento das exigências pode levar a sérias consequências, incluindo a retenção de verbas e a necessidade de prestar contas sobre a gestão dos recursos já recebidos. Além disso, essa falha compromete a capacidade da Semed em implementar melhorias na infraestrutura escolar, na formação de professores e na oferta de materiais didáticos, impactando diretamente a qualidade do ensino oferecido aos alunos.
A sociedade civil e os órgãos de controle acompanham de perto essa situação, ressaltando a necessidade de maior transparência e responsabilidade na administração dos recursos públicos, especialmente em um setor tão vital como a educação. A regularização dessas pendências se torna urgente para assegurar que os estudantes recebam a educação de qualidade a que têm direito.
De acordo com o Ministério da Educação, o prefeito David Almeida e a Secretaria Municipal de Educação (Semed) não atenderam à condição de nomear gestores escolares com base em mérito e desempenho. Essa falha resultou em uma punição direta à Prefeitura de Manaus, que foi excluída do Valor Aluno Ano Resultado (VAAR). Essa exigência está claramente estipulada na legislação que regulamenta o Fundeb e é fundamental para assegurar a qualidade na utilização dos recursos destinados à educação.
A não observância desse critério compromete a gestão das escolas, pois a escolha de profissionais qualificados e com histórico de desempenho adequado é crucial para a liderança educacional e a implementação de práticas eficazes no ambiente escolar. A exclusão do VAAR não apenas limita o acesso a recursos financeiros, mas também pode impactar negativamente a qualidade do ensino e o desempenho dos alunos.
Essa situação destaca a importância de uma gestão educacional baseada em critérios objetivos e justos, que priorizem a competência e a experiência dos gestores. A implementação de políticas que valorizem o mérito pode contribuir para a melhoria da educação no município, refletindo diretamente na formação e no aprendizado dos estudantes. Reverter essa situação é essencial para garantir que a Prefeitura de Manaus esteja alinhada às exigências legais e consiga proporcionar uma educação de qualidade para todos.