#TBT:Relembre como foi a saúde no AM com Braga no poder; médicos sem salário, cirurgias canceladas e bebês mortos nas UTIs

A pandemia da Covid-19 no estado do Amazonas está longe de terminar, não necessariamente pela transmissão do vírus à população, mas pelo destaque de alguns políticos que oportunamente se aproveitam para fazer palanque, como é o caso do Senador Eduardo Braga (MDB). O parlamentar tem criticado veementemente a atual gestão do estado, esquecendo que no próprio mandato nos anos 2002 a 2006, o Amazonas sofreu uma das piores crises no sistema de saúde pública já registradas na história.

Voltemos ao ano de 2002 a 2006, onde os registros mostram um caos sem precedentes nas maternidades públicas do estado. Braga se tornava Governador do Estado pela primeira vez e foi o responsável por dezenas de bebês mortos nas maternidades.

A população reclamava do abandono na Maternidade Ana Braga, onde as UTIs neonatais estavam sem estrutura, mesmo embora o governo anunciasse que havia investido milhões em equipamentos para o setor. Os funcionários denunciaram de forma trágica que tinham que escolher entre o bebê que viveria, pois não havia incubadoras suficientes.

Outro crise que levou muitos manauenses à morte, na mesma estão, foram as cirurgias cardíacas que eram realizadas no Hospital Getúlio Vargas. Familiares de pacientes e funcionários do hospital denunciaram a secretaria de saúde, na época, por serem obrigados a adiar cirurgias de emergência por falta de recursos. Além disso, médicos e técnicos de enfermagem e enfermeiros denunciavam atraso de salários.

Outra situação que comprova o caos na saúde nos tempo em que Braga governava o estado foi a Operação Albatroz. Ela apresentou à justiça várias provas de um esquema para beneficiar licitações fraudulentas no governo Braga, assim, como, o superfaturamento em compras de equipamentos para os hospitais e maternidades do Amazonas, enquanto o povo padecia. Braga foi citado pela Polícia Federal em todas as ocasiões, como um suposto envolvido.

Hospital Francisca Mendes, referência em saúde no estado, teve o maior índice de cirurgias canceladas, devido o atraso de salário de funcionários.

O Ministério Púbico Federal pediu intervenção na saúde na época e a secretaria foi autuada.

Enquanto que o Tribunal de Contas do Estado – TCE-AM multou os ex-titulares da Susam.

Certamente que um dos maiores desafios de todo governante ao assumir o mandato é administrar a pasta da saúde. A  história política dos estados e municípios e seus reflexos, ficam marcados na vida da população, até que apareça um novo governante para assumir os erros e até servir de “costa-larga”.