#TBT: relembre Amazonino Mendes nos maiores escândalos de corrupção da história do Amazonas

Manaus – No pleito deste ano, o candidato mais antigo na briga pelas urnas, se destaca entre os demais. É fato que Amazonino Mendes incomoda. Estranho seria se o candidato marcado por escândalos de corrupção, não fosse lembrado. Desvio de dinheiro público, enriquecimento ilícito, superfaturamento, venda ilegal de patrimônios públicos são apenas algumas das denúncias direcionadas ao candidato, que é conhecido pelo povo como “aquele que rouba, mas faz! ”

Voltando um pouco no tempo, é cabível lembrar o ano de 1997, quando Amazonino Mendes assume o Governo do Estado do Amazonas pela 3ª vez, tendo como seu vice, Alfredo Nascimento. Na ocasião do pleito, deixou o partido PMDB e se filiou ao PFL.

Com poucos meses na chefia do Executivo, “Negão” foi acusado pelo empresário e seu “testa-de-ferro” Fernando Bomfim, de ser o verdadeiro dono de uma das empreiteiras do Amazonas, a Econcel (empresa de construção civil e elétrica), localizada no Distrito Industrial de Manaus, e qual Bomfim era o presidente. A Econcel, embora fundada há apenas cinco anos, na época, já havia faturado mais de 50 milhões de reais em duas dezenas de obras públicas no Estado.

Depois de tanta discrepância nas ações do governador, o então deputado federal Luiz Fernando Nicolau (PSDB-AM) apoiou a denúncia de Bonfim e declarou às autoridades que o deputado possuía provas.

Bomfim dizia ter fitas cassete na qual o governador Amazonino Mendes negociava as comissões na compra do geradores.  Em uma das fitas, Mendes dizia ter recebido 40% de propina na compra de 13 geradores de energia elétrica. Em outra fita, o conteúdo comprovava que Amazonino dizia ser o verdadeiro dono da Econcel, e havia recebido obras no valor de R$ 34,7 milhões do governo. Bonfim, que era o presidente da companhia, também possuía 70% das ações.

Segundo investigações da Polícia Federal, na época,  R$ 20 milhões do valor do equipamento teriam sido pagos pela Suframa, e os 13 geradores haviam sido comprados por R$ 29 milhões, configurando um superfaturamento de 363%.

Fernando Bomfim, o responsável pela denúncia, informou às autoridades, que estava sendo ameaçado de morte pelo grupo de Amazonino Mendes. Após cobrar providências da Polícia Federal, sumiu.

Após as denúncias que obtiveram repercussão nacional, muitas outras foram aparecendo.

Na eleição de 1996, Amazonino foi acusado de distribuir 130 mil cartões magnéticos que permitiam saques mensais de R$ 30 no banco estadual. O Exército supostamente ajudou a distribuir os cartões.

Atualmente, Amazonino declarou bens de R$ 4,7 milhões e uma casa, porém, segundo pessoas ligadas a ele, o seu patrimônio é muito maior e, foi supostamente construído à base de propinas e dinheiro público.