#TBT: Eduardo Braga Ministro de Minas e Energia e os amazonenses sofrem com reajuste de 39% no valor da conta

AMAZONAS – Durante a passagem do senador Eduardo Braga (PMDB-AM), pelo Ministério de Minas e Energia, a partir do ano de 2014, quando a então presidente da república, Dilma Rousseff o nomeou substituindo Edison Lobão, ficou marcada pelos reajustes de valores que prejudicaram a população do Amazonas. Na época os valores começaram a subir e apagões aconteceram no estado.

No ano de 2015, apagões aconteceram em todo o estado, principalmente na cidade de Manaus, alguns desses apagões começavam no período da noite e se estendiam até o outro dia, prejudicando os amazonenses e criando uma situação de caos em todo o estado.

O primeiro reajuste nos valores para os amazonenses foi em no começo do ano de 2014, a população foi informada que a energia ficaria mais cara 15,57% para os consumidores e 22,62% para as industrias.

Em agosto do mesmo ano, tivemos o segundo reajuste, dessa vez os consumidores do Amazonas teriam que começar a pagar pelas bandeiras tarifárias e a conta aumentou em mais 5,5%. Mas, esse aumento foi suspendo graças a uma decisão da Justiça Federal.

O terceiro reajuste aconteceu no mês de novembro, quando chegou em um número superior a 66%. E diversos políticos e parlamentares do Amazonas tiveram que solicitar explicações de Eduardo Braga, na época responsável pela pasta.

A Aneel autorizou a concessionária Eletrobras Amazonas Energia a efetivar uma série de reajustes tarifários, que chegam a 42,55%. Os aumentos deveriam atingir cerca de 900 mil unidades consumidoras amazonenses, a partir do dia 1º de novembro de 2015.

POPULAÇÃO FICOU SEM ENERGIA

Moradores do bairro Planalto, Zona Centro-Oeste de Manaus, enfrentaram falta de energia a madrugada inteira na segunda-feira 26 de outubro.

Segundo um morador do conjunto Campos Elíseos, que não quis se identificar, a situação irregular começou ainda na tarde do domingo 20 de outubro de 2015, por volta de 17h30.

“A energia foi interrompida em diferentes momentos até parte da noite. O pior disso tudo é que objetos elétricos sofrem danos, e a Eletrobras não assume a responsabilidade pelo prejuízo. Já perdi duas TVs de tela grande por causa de problemas com energia, e a concessionária toda vez se isenta de culpa. Tudo isso é uma verdadeira falta de responsabilidade e respeito com o consumidor”, contou o morador naquele ano.

Na noite de sábado, dia 24 de outubro de 2015, um problema em uma subestação de energia elétrica localizada no bairro Compensa, Zona Oeste de Manaus, já tinha deixado alguns bairros da área sem energia durante uma noite inteira.

SOBRE O REAJUSTE 

Os aumentos foram aprovados pela Aneel na terça-feira, dia 27 de outubro de 2015, durante Reunião Pública da Diretoria. Para os consumidores residenciais (Classe B1), que abrange residencial e subclasse residencial baixa renda, o reajuste foi de 38,8%.

EXPLICAÇÃO DA ANEEL

Naquela época, a Aneel chegou a informar que os encargos setoriais e o custo de energia foram os principais fatores que elevaram o índice de reajuste tarifário proposto pela Eletrobrás no Amazonas.

“Ao calcular o reajuste, conforme estabelecido no contrato de concessão, a Agência considera a variação de custos associados à prestação do serviço. O cálculo leva em conta a aquisição e a transmissão de energia elétrica, bem como os encargos setoriais. Os custos típicos da atividade de distribuição, por sua vez, são atualizados com base no IGP-M. Os encargos setoriais (10,54%) e o custo da energia (24,11%) foram os principais fatores que conduziram ao índice de reajuste da Amazonas Energia”, explicou a Aneel em 2015.

Eduardo Braga segue negou apoio aos aumentos absurdos nos valores de energia elétrica, alegava na época que estava fazendo o possível para solucionar a situação e chegou até dizer que a culpada do que estava acontecendo era a Aneel.

O que a população do Amazonas mais esperava era que Eduardo Braga, como um parlamentar do estado, pudesse intervir, buscando alternativas para não deixar a população amazonense continuar vivendo situações complicadas, com apagões e falta de Energia Elétrica.

Além disso, a população aguardou uma posição de Eduardo Braga para que mudanças acontecessem, principalmente relacionadas aos valores das contas que chegavam todos os meses cada vez mais caras.