O atacante do Flamengo, Bruno Henrique, de 34 anos, será julgado pelo STJD. De acordo com informações do portal “UOL”, o tribunal recebeu provas de justiça e irá abrir um inquérito contra o jogador, por manipulação de resultados. Um auditor será nomeado para conduzir a investigação.
Bruno Henrique deverá ser enquadrado no artigo 243, que trata casos de manipulação. A pena, em caso de condenação, é de seis meses a dois anos de suspensão. O STJD também pode determinar um afastamento preventivo de Bruno Henrique, mas isso é improvável. O jogador deve ficar livre para atuar até ser julgado.
Bruno Henrique foi indiciado pela Polícia Federal, no dia 15 de abril, por supostamente forçar um cartão amarelo e beneficiar apostadores, contra o Santos, pelo Brasileirão de 2023. O jogador foi indiciado no artigo 200 da Lei Geral do Esporte, que fala em “fraudar, por qualquer meio, ou contribuir para que se fraude, de qualquer forma, o resultado de competição esportiva ou evento a ela associado”.
Além do jogador do Flamengo, também foram indiciados o irmão Wander Nunes Pinto Júnior, Ludymilla Araújo Lima, esposa de Wander, e a prima Poliana Ester Nunes Cardoso. Bruno Henrique e o irmão vão responder por fraude, enquanto o restante por estelionato. Existe ainda um segundo núcleo de apostadores sob investigação, que seriam amigos do irmão do jogador.
O Ministério Público do Distrito Federal recebeu o relatório de 84 páginas da Polícia Federal e deve formalizar a denúncia contra o atacante do Flamengo nas próximas semanas. A expectativa é de que a denúncia possa ser oferecida até o fim de abril ou começo de maio, para que a Justiça do Distrito Federal decida se tornará o atleta réu.
As investigações começaram em agosto do ano passado. Três casas de apostas alegaram movimentações suspeitas relacionadas ao cartão amarelo recebido por Bruno Henrique. Uma delas apontou que 98% de todas as apostas de cartões daquela partida foram direcionadas para o jogador do Flamengo.
Apesar da investigação desde o ano passado, o Flamengo não afastou Bruno Henrique. O caso chegou ao STJD em agosto, mas o órgão alegou que os relatos “não eram suficientes” para a instauração de um inquérito. Agora, a Procuradoria solicitou à Polícia Federal o compartilhamento do relatório.
