
A ex-presidente Dilma Rousseff enfrenta desafios significativos à frente do Novo Banco de Desenvolvimento (NDB), instituição financeira do Brics. Segundo reportagem da Folha de S.Paulo, a gestão da brasileira, que está no cargo há quase dois anos, tem sido marcada por atrasos no cumprimento de metas e problemas internos.
O diretor indiano do banco, Prasana Salian, afirmou em documento que “o banco está atrasado no cumprimento da maioria de suas metas estratégicas para o período de cinco anos (2022-2026)”. Um dos principais problemas apontados é a baixa concessão de crédito, com apenas 20% da meta atingida. Além disso, apenas um projeto foi cofinanciado, o que representa 4% da meta de 20%.
A alta rotatividade de funcionários também preocupa. Desde a chegada de Dilma, 14 brasileiros deixaram o banco, representando 46% do quadro nacional. O índice geral de rotatividade entre prestadores de serviço do NDB é de 15,5%, três vezes maior que a média dos bancos multilaterais de desenvolvimento, que gira em torno de 5%.
Funcionários e ex-funcionários relataram um ambiente de trabalho tenso, com denúncias de assédio moral. Segundo relatos, Dilma costuma gritar e usar expressões como “burro” e “ignorante” para repreender a equipe.
Até o momento, a assessoria do NDB não se manifestou sobre as denúncias e afirmou que não comentaria os dados por não serem informações públicas.