Nesta segunda-feira, 30, durante uma coletiva sobre a situação da covid-19 no Brasil, o diretor-geral da Organização Mundial da Saúde (OMS), Tedros Adhanom, disse estar preocupado com os dados “é muito preocupante”, em especial quando se observa os dados agregados. O país deve ser “muito sério” para lidar com a situação.
A tendência dos casos havia sido revertida, segundo Tedros, pois o pico do mês de julho, já apresentava queda, entretanto, houve um aumento “significativo” nas mortes entre 2 de novembro e 26 do mesmo mês, avaliou.
Outra preocupação demonstrada pelo órgão é a demanda por trabalhadores de saúde, que estaria aumentando em grande parte dos países. Em nações do “Sul”, os sistemas de saúde estariam sobrecarregados por conta da falta de investimento, afirmou o diretor-executivo da OMS, Michael Ryan.
Segundo Ryan, o Brasil e outras nações da região não conseguiram tornar o número de casos baixos, e é difícil lidar com zonas densamente urbanizadas como há no País.
Sobre a vacina, foi ressaltado que a iniciativa Covax, que já conta com 187 países, é a melhor opção para uma distribuição global justa. Ainda estariam faltando US$ 5 bilhões em 2021 para conseguir garantir a entrega dos imunizantes antes do fim de 2021.
“Alguns politizaram a origem do vírus”, afirmou Tedros, “mas esta é uma questão técnica, nossa posição é clara, será baseada em ciência”, argumentou o diretor, indicando que um grupo de estudos seguirá com as investigações, que são importantes “na prevenção de novas doenças”.
