Roberto Jefferson desmaia na cela e tem “suposto traumatismo craniano”

Preso desde outubro do ano passado, o ex-deputado Roberto Jefferson aguarda autorização judicial para fazer exames fora da prisão, após desmaiar na cela e cair nesta sexta-feira. Segundo o laudo médico enviado pela Secretaria de Administração Penitenciária do Rio ao Supremo Tribunal Federal, Jefferson tem quadro depressivo, não tem se alimentado e perdeu 16,5 kg em sete meses. A orientação é que ele passe por avaliação tomográfica do crânio, devido a possível traumatismo craniano.

O laudo foi enviado pela Seap-RJ também nesta sexta-feira, após ordem do ministro do STF Alexandre de Moraes para que o órgão informasse o estado de saúde de Roberto Jefferson. Antes, a defesa do ex-deputado havia alegado “risco de vida” e “gravíssimo estado de saúde”, em pedido de transferência para o Hospital Samaritano em Botafogo, na Zona Sul do Rio, para realizar exames e para acompanhamento médico. Atualmente, Jefferson está no Complexo de Gericinó, em Bangu, e tem sido atendido no Hospital Penitenciário Hamilton Agostinho.

Segundo o documento, o ex-deputado foi encaminhado ao hospital penitenciário na última terça-feira “em decorrência de queda importante do estado geral”, e informou “apatia, insônia, distúrbio depressivo e inapetência (falta de apetite) e dificuldade de ingestão alimentar”. No mesmo dia, foi atendido e encaminhado para consulta psiquiátrica no Hospital Penal Psiquiátrico Roberto Medeiros, também no Complexo de Gericinó, onde foi constatado quadro de depressão.

Já nesta sexta-feira, Jefferson voltou ao Hospital Penitenciário Hamilton Agostinho após o desmaio, seguido de desorientação. Neste momento, foi solicitado o exame de tomografia de crânio “em caráter de urgência”, além de avaliação neurocirúrgica. Ainda de acordo com o laudo, Jefferson relatou “ouvir vozes com mensagens inconsistentes com a realidade” e tinha “estado geral ruim”, com hematoma em razão da queda, além de outros exames médicos. Por último, o documento diz ainda que “a Seap não dispõe dos meios para ofertar ao paciente o adequado cumprimento das medidas”.

O STF aguarda, agora, manifestação da Procuradoria-Geral da República.

**Com informações O Globo