Promotor recusa tese de feminicídio do Caso Julieta Hernández, morta no Amazonas

O Promotor de Justiça, Gabriel Salvino Chagas do Nascimento, responsável pelo caso da artista venezuelana Julieta Hernández, assassinada em Presidente Figueiredo (AM) no ano passado, recusou o pedido da família para reclassificar o crime como feminicídio.

A artista circense viajava de bicicleta pelo país e foi morta em Presidente Figueiredo, no Amazonas. O Ministério Público do Amazonas (MP-AM) denunciou o casal Thiago Angles da Silva e Deliomara dos Anjos Santos pelos crimes de latrocínio, estupro e ocultação de cadáver.

No seu parecer, o promotor afirma que “não há qualquer prejuízo em seguir o feito conforme a denúncia ofertada”. “Não se trata do momento apropriado para se discutir teses jurídicas em abstrato, eis que são questões de mérito”, diz também.

A família destaca que a artista foi estuprada, queimada viva e enterrada. “Esses são elementos de crueldade que afastam a tipificação de latrocínio por demonstrarem que os acusados tinham intenções para além do ‘simples’ roubo”, dizia o pedido.