O acréscimo indevido de pelo menos 10% na taxa de energia faz os consumidores pagarem aproximadamente R$ 280 milhões a mais, desde o último aumento de 14, 89% no reajuste tarifário de 2018.
Dois anos depois, mesmo com reajuste indevido, a Amazonas Energia volta a pedir um novo aumento de 8,5% o que acarretará um acréscimo de mais de R$250 milhões na conta dos amazonenses.
Mas segundo especialistas, não há nada que justifique o aumento tarifário da energia ao consumidor, pelo contrário, esse serviço é o número um de reclamações no Amazonas. A concessionária Amazonas Energia está no topo da lista das empresas com mais reclamações no Instituto Estadual de Defesa do Consumidor (Procon-AM).
Todos os dias, são inúmeros os relatos da falta de energia nos bairros da capital e, nos interiores. Outra reclamação é sobre os cortes indevidos da luz de consumidores inadimplentes.
No entanto, o que se comenta nos bastidores é que o prejuízo causado ao consumidor amazonense, poderia ser evitado, se promessas de campanha fossem cumpridas.
O prejuízo que o povo arca hoje, pode ser efeito de uma promessa não cumprida pelo ex-governador do estado, Amazonino Mendes, que em sua gestão em 2018, não investiu em melhorias na rede de distribuição do sistema elétrico.
Pelo contrário, próximo das eleições do 2º turno em 2018, o ex-governador assinou um decreto que beneficiava as empresas que prestavam serviço de fornecimento de energia no interior do estado com o perdão de tributos no caso a Oliveira Energia.
No dia 10 de dezembro de 2018, o governo do Estado facilitou a venda da Amazonas Energia por meio de leilão por apenas R$ 50 mil. Tendo como beneficiário do leilão, Orsine Oliveira, pai do seu braço direito, Orsine Olveira Junior, ex-secretário da Amazonastur no mesmo período.
O ex-governador Amazonino Mendes portanto, parece que preferiu beneficiar a empresa e seus aliados políticos, do que poupar o povo amazonense de mais um prejuízo, em meio a crise que o país enfrenta.