Primeiro-ministro britânico se diz “preocupado” com variante amazonense do coronavírus

O primeiro-ministro britânico, Boris Johnson, declarou nesta quarta-feira (13/1) que está “preocupado” com a nova mutação do coronavírus de origem brasileira. A variante foi detectada em amostras encontradas de quatro brasileiros que desembarcaram em Tóquio, no Japão, no início do ano e confirmada na terça-feira (12/1) pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz).

De acordo com o jornal The Sun, Johnson acredita que o controle das fronteiras feito pelo Reino Unido será suficiente para impedir que a nova cepa chegue ao país. A Grã-Bretanha proibiu voos diretos da África do Sul para tentar impedir a disseminação da variante africana, mas ainda não está certo se isso será feito em relação ao Brasil.

Especialistas do Grupo Consultivo de Ameaças de Vírus Respiratórios Novos e Emergentes (Nervetag, da sigla em inglês) também demonstraram apreensão em relação à mutação brasileira do coronavírus. Jeremy Hunt, presidente do órgão britânico, reforçou aos parlamentares do Reino Unido que o país já tem “medidas duras” para impedir que novas infecções venham do exterior. “Estamos tomando medidas para fazer isso em resposta à variação brasileira”, completou.

Nesta terça-feira (12/1), o ministério japonês da Saúde anunciou que pesquisadores do país pretendem isolar a nova cepa do coronavírus identificada no Brasil. O objetivo é estudar a variante para avaliar se há impactos na transmissão e na letalidade do vírus. Segundo as autoridades de saúde japonesas, a nova variante do vírus tem semelhanças com as cepas altamente contagiosas identificadas no Reino Unido e na África do Sul.