Presidente do Boi Garantido ameaça não levar o boi ao festival e alega falta de dinheiro

O Presidente do Boi-Bumbá Garantido, Antônio Andrade Barbosa, ameaçou, por meio de ofício, não colocar o boi na arena durante o 56º Festival Folclórico de Parintins. O documento entregue nesta segunda-feira (19) é endereçado ao secretário de Cultura, Marcos Apolo Muniz. As informações são do BNC Amazonas.

No documento (ofício 65), ele diz que “a diretoria precisou tomar duas decisões imediatas”, sendo que “somente uma dessas opções poderia ser tomada, dada a escassez pecuniária atual”.

  • Realizar a apresentação no Festival Folclórico de Parintins 2023 com sérias dificuldades de naturezas diversas, principalmente financeiras;
  • Efetivar o pagamento de todos os recursos humanos envolvidos na construção do Boi 2023.

O documento fala ainda que a diretoria foi obrigada a tomar tal decisão, para evitar colapso, calamidade e até morte.

“Diante do cenário e dessas alternativas, fomos obrigados a seguir pela segunda opção, ou seja, pagar todos os funcionários do Bumbá. Isso implica a ausência de condições de nos apresentarmos nas três noites do Festival. Objetiva-se, assim, não só o pagamento dos trabalhadores, mas também evitar o colapso que se aproxima em caso de não cumprimento do acordado com nossos artistas em geral. Trata-se de calamidade iminente, com direito a ameaças de morte e cenário de caos social que deverá afetar não somente o Boi Garantido, mas a cidade de Parintins como um todo”.

O documento dá um prazo para o governo reverter a possível decisão. “Comunicamos Vossa Senhoria, entendendo que, em caso de algum auxílio de sua parte para que possamos sair da situação narrada, ele deve ser feito entre hoje e amanhã, caso contrário, não teremos mais tempo para quaisquer providências que possam reverter o acima colocado”, finaliza. Clique aqui e leia o documento na íntegra: 3adb9586-817c-4350-bfe3-c70c1b0af581

CALOTE

De acordo com matéria do BNC Amazonas, caso o Garantido não se apresente para a disputa, a decisão significará calote contra torcedores, que compraram ingressos antecipados, e contra os patrocinadores públicos e privados do festival.

Este ano, por exemplo, o Garantido já recebeu os seguintes valores:

  • R$ 5.000.000 Estado
  • R$ 4.500.000 Patrocínios
  • R$ 1.250.000 Coca-Cola
  • R$ 2.900.000 Bilheteria

Ao todo, efetivados, R$ 13,6 milhões. Esse foi o mesmo valor destinado ao Caprichoso, que não apresentou dificuldades para ir à arena. O Governo do Estado informou ao BNC, por meio de sua assessoria, que vai se reunir nas próximas horas para tomar uma decisão sobre o assunto.

**Fonte: BNC Amazonas