O Prefeito de Borba, Simão Peixoto, se entregou à Polícia Civil na manhã desta segunda-feira (29), após passar seis dias foragido quando nove familiares e servidores foram presos na “Operação Garrote” do Grupo de Atuação Especial de Repressão do Crime Organizado (GAECO) do Ministério Público do Amazonas (MPAM). Confira:
O Desembargador João de Jesus Adbala Simões expediu na última terça-feira, os mandados de prisão. A ação foi uma resposta rápida à investigação que aponta fraude de licitações e desvio de pelo menos R$ 29 milhões do erário. Treze contratos da gestão municipal, nos quais o principal beneficiário seria o prefeito, estão sob suspeita.
Todos os suspeitos são investigados por fraude em licitação, lavagem de dinheiro e corrupção. A ponta do iceberg foi o “Mercadinho Du Primo EPP”. De acordo com investigações, foi verificado em várias oportunidades, onde supostamente os agentes públicos simulavam uma licitação direcionada para que os empresários participantes do esquema ganhassem o contrato e transferissem os recursos públicos para parentes do Prefeito Simão Peixoto logo após o pagamento feito pela Prefeitura do Município de Borba.
Além do Prefeito e da Primeira-dama Aldine Mirella de Souza, também são investigados a cunhada de Simão Peixoto, Aldonira Rolim de Assis (40), as sobrinhas Keliany de Assis Lima (19) e Kaline de Assis Lima (21), o enteado Adan de Freitas da Silva (20), os sócios do Mercadinho Du Primo, Edival das Graças Guedes (63) e Ione Azevedo Guedes (45), a prestadora de serviços da prefeitura Maria Suely da Silva Mendonça (52), a secretária de finanças Michele de Sá Dias (45) e o pregoeiro Kleber Reis Mattos (57).
Na decisão judicial, o prefeito fica afastado do cargo por 90 dias. No domingo, o vice-prefeito José Pedro Freitas Graça, conhecido como Zé Pedro (PSD), assumiu a cadeira da prefeitura.