Praticamente eu estava morto: Agricultor de Nhamundá conta que sobreviver ao covid-19 foi como renascer

Manaus – A pandemia do novo coronavírus (Covid-19) continua impactando diversas pessoas. Segundo a Fundação de Vigilância em Saúde do Amazonas (FVS-AM), o estado registrou 603 novos casos da doença, totalizando mais de 168 mil casos confirmados, sendo 66.122 em Manaus e 101.967 do interior.

Entre as pessoas afetadas pela pandemia está o agricultor Antônio Marcos Corrêa, de 49 anos, morador da comunidade Juruá, próxima ao município de Nhamundá, distante a 382 quilômetros em linha reta de Manaus.

Antônio ficou internado no Hospital Delphina Aziz, ele conta que estava praticamente morto quando estava na unidade hospitalar. O agricultor disse que teve apoio dos amigos e familiares.

“Só Deus e muita oração. Meus amigos e minha família fizeram para eu viver de novo. Eu tive muita crise de morte naquele Delphina. Graças a Deus eu tenho um neto em Manaus que já é quase médico e me deu muita força. Todo dia ele ia ao hospital pegar o boletim para passar à família que ficava desesperada em Parintins e Nhamundá. Praticamente eu estava morto”, disse.

O agricultor relembra que tratava o coronavírus como se fosse uma “gripezinha”, seguindo exemplo do presidente Jair Bolsonaro (Sem Partido).

“Não é brincadeira essa doença. Eu falava igual ao presidente que era só uma gripezinha”, lembra. Ele tinha 85 quilos na época em que foi diagnosticado com a Covid-19 e perdeu 35 quilos em dois meses de tratamento.

Atualmente o agricultor faz fisioterapia Deucliane Guimarães no Posto de Saúde Irmão Francisco Galianni, em Parintins, a 369 quilômetros da capital.