Planos de saúde exigem consentimento do marido para inserção do DIU em mulheres

BRASIL – Uma decisão das Cooperativas da Unimed Saúde, em Minas Gerais e no interior de São Paulo, passou a exigir o consentimento de maridos para autorizar o procedimento de inserção do dispositivo intrauterino (DIU) em mulheres casadas. O método contraceptivo é considerado um dos mais eficazes – com 99% ou mais de eficácia.

Segundo informações da Folha de S.Paulo, as cooperativas confirmam a informação que consta no Termo de Consentimento para inserção do contraceptivo. Pela central de atendimento, elas confirmaram que não era possível realizar o procedimento sem o consentimento do cônjuge da paciente.

A assessoria de imprensa das unidades de Divinópolis e Ourinhos informaram à Folha que abandonaram a exigência . Já a cooperativa de João Monlevade negou exigir a autorização, mesmo diante da confirmação da central de atendimento. A cooperativa afirma que apenas sugere que o termo seja compartilhado, por isso o espaço para a assinatura do companheiro.

O DIU é um método contraceptivo que consiste numa pequena peça flexível feita de plástico no formato de “T” que é introduzido no útero da mulher para impedir a gravidez. O dispositivo deve ser colocado apenas por médico ginecologista e pode ser de dois tipos: hormonais e não hormonais.

Os não hormonais são revestidos em cobre ou prata e não liberam hormônios. Eles liberam pequenas quantidades de cobre ou prata no útero, o que impede a gravidez. Este tipo de DIU fornece uma proteção durante um período de aproximadamente 10 anos.

Os hormonais impedem a gravidez por meio da liberação de hormônios. Este tipo fornece uma proteção durante aproximadamente cinco anos, além de método contraceptivo, ele também é amplamente utilizado no tratamento de doenças crônicas como endometriose.