Picanha brasileira domina mercado chinês e gera milhões em receita

A balança comercial confirma: o churrasco brasileiro impulsiona as exportações, e a picanha do Brasil se tornou sucesso no mercado chinês — longe dos discursos políticos, a carne é o verdadeiro protagonista.

A demanda pelo produto nacional cresce entre empresas chinesas, segundo veículos da própria imprensa estatal. A carne percorre cerca de 10 mil km até a Ásia, grande parte por via marítima. Entre os compradores está o Hulun Buir Meat Industry Group, localizado na Região Autônoma da Mongólia Interior, no norte da China.

A empresa importa cortes brasileiros, processa em seus frigoríficos e distribui para diversos pontos do país. Só em 2025, a expectativa é de um faturamento superior a US$ 70 milhões com a venda da carne brasileira — uma fatia modesta diante de um setor que movimenta bilhões.

O grupo iniciou as importações em 2012, quando o consumo ainda era baixo: apenas 16 mil toneladas no ano inteiro. Hoje, esse número parece simbólico. Só no primeiro semestre de 2025, as exportações de carne bovina para a China já alcançaram 630 mil toneladas — uma média de 3,5 mil toneladas por dia. Em menos de quatro dias, os chineses compraram o equivalente a todo o volume importado em 2012. E o retorno financeiro foi tão saboroso quanto a picanha na grelha.