Pfizer diz que não pedirá uso emergencial de vacina no Brasil

A farmacêutica americana Pfizer não irá submeter sua vacina, feita em parceria com a BioNTech, para uso emergencial no Brasil. A declaração foi feita nesta segunda-feira (28), o que na prática deve agilizar o protocolo de aprovação do imunizante.

A Pfizer informou que em uma uma reunião com representantes da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) no dia 14 de dezembro, esclareceu dúvidas sobre o processo de submissão, mas acabou esbarrando em dificuldades.

” Um exemplo é a solicitação de uma análise dos dados levantados exclusivamente na população brasileira, o que demanda tempo e avaliações estatísticas específicas. Outras agências regulatórias que possuem o processo de uso emergencial analisam os dados dos estudos em sua totalidade, sem pedir um recorte para avaliação de populações específicas” explicou a empresa.

A chamada submissão contínua ainda não é o pedido de registro da vacina, e sim uma forma de acelerar a análise dos dados por parte da Anvisa. Neste procedimento, os resultados das fases dos testes clínicos vão sendo apresentados à medida que ficam prontos, e não somente ao final da pesquisa.

Em um comunicado, a Pfizer informou que já submeteu à Anvisa, justamente por meio do processo de submissão contínua, os resultados dos estudos da Fase 3 de seu imunizante e ressaltou que o ato “significa mais um passo rumo à aprovação” da vacina desenvolvida pelo laboratório.