A Justiça de Araras, no interior de São Paulo, condenou o padre Pedro Leandro Ricardo a 21 anos de cadeia por abusos sexuais de dois ex-coroinhas da igreja, entre 2002 e 2006. O religioso, que nega as acusações, poderá recorrer da decisão em liberdade.
Na sentença, o juiz Rafael Pavan de Moraes Filgueira ainda aplicou um agravante na pena em razão de o padre exercer uma posição de poder e se valer de sua função sacerdotal, de sua boa reputação à época e da força religiosa, para “perpetrar os abusos relatados pelas vítimas”.
De acordo com o magistrado, as vítimas eram “cuidadosamente escolhidas pelo padre que, ciente do poder reverencial que ostentava, ante a ausência de lar estruturado, assumia o papel de figura paterna, e delas se aproveitava para satisfação de sua lascívia”.
O sacerdote havia sido denunciado pelo Ministério Público em dezembro de 2019 pelos crimes de atentado violento ao pudor — crime cuja figura não existe mais e foi transformada em estupro no código penal. Inicialmente, ele acusado pelo abuso de quatro coroinhas, entre 2003 e 2006, quando era responsável pela Paróquia São Francisco de Assis, em Araras (SP). No entanto, a sentença o considerou culpado de dois casos.
Pedro Leandro Ricardo se tornou réu em março de 2020, quando a Justiça determinou a retenção do seu passaporte para evitar risco de fuga para o exterior e o proibiu de manter contato com as vítimas, familiares e testemunhas.
Com informações do O Globo
