
De acordo com informações obtidas pela imprensa, um dos alvos da operação “Sem Sabor”, deflagrada pela Polícia Federal na terça-feira (25), é Leís da Silva Batista, servidor de alto escalão da Secretaria Municipal de Educação (Semed) e considerado braço direito de Dulce Almeida, ex-titular da pasta e irmã do prefeito David Almeida.
Durante a gestão de Dulce, Leís teria exercido grande influência na Semed, conforme relato de uma fonte. Ele ocupa há mais de 20 anos o cargo de servidor concursado na área de educação do município. No entanto, dados encontrados no portal da transparência geram estranheza: apesar de oficialmente lotado na UBS Morro da Liberdade, atualmente USF Rosa Pereira de Almeida, Leís tem vínculos também com o Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica (Fundeb) desde 2021.
Outro dado que chama atenção é a discrepância salarial de Leís. Em 2022, seu salário era cerca de R$ 3 mil, mas ele recebia valores muito superiores, chegando até R$ 131 mil em um único mês, com “outras vantagens” não detalhadas.
Embora seja servidor do Fundeb e lotado em uma unidade de saúde, Leís assumiu publicamente sua atuação no alto escalão da Semed, chegando a assinar documentos oficiais como “Diretor do Departamento de Planejamento”. Além disso, ele viajou a Brasília acompanhado do subsecretário de educação, Junior Mar, em uma agenda oficial do município.
A Semed não se pronunciou sobre o caso até o momento, e a defesa de Leís Batista não foi localizada. O espaço permanece aberto para futuras manifestações.