Operação da Polícia Federal mira em empresários ligados ao ex-prefeito de Manaus, Arthur Neto

A Polícia Federal (PF), em conjunto com o Ministério Público Federal (MPF), deflagraram na manhã desta terça-feira (20), cumprindo mandados de busca e apreensão em condomínios de luxo na Zona Oeste de Manaus.

Dentre os alvos da operação, estão os empresários e empresas ligadas ao ex-prefeito de Manaus, Arthur Neto. Os empresários atuavam na área de coleta de lixo no município de Manaus e cidades próximas.

Um dos alvos é o dono da empresa Tumpex, que recebeu na gestão do ex-prefeito de Manaus, Arthur Neto, um novo contrato milionário para a coleta de dejetos na capital.

Os agentes federais, cumpriram mandados de Luxo Riviera, na Ponta Negra onde residem os empresários donos da Tumpex. O objetivo é obter provas relativas às operações fraudulentas utilizadas para esconder a ocorrência de sonegação fiscal, obtenção de notas fiscais “frias” e lavagem de dinheiro.

Com a operação, os órgãos envolvidos apuram indícios encontrados durante as investigações de prática de diversos crimes, tais como: sonegação fiscal, organização criminosa, falsidade ideológica e lavagem de dinheiro.

OPERAÇÃO ENTULHO

As investigações tiveram início há três anos, quando foram detectados indícios de que empresas que atuam no ramo de coleta de lixo e limpeza pública comercializaram com empresas de fachadas.

Dessa forma, consistindo na contabilização de despesas, produzidas a partir de notas fiscais de mercadorias e notas fiscais de serviços “frias”.

No âmbito da Operação Entulho, já foram identificados, até o momento, a participação de 31 empresas de fachada, escritório de contabilidade, além de seus respectivos sócios e empregados das empresas de coleta de lixo e limpeza pública.

Essas empresas emitiram notas fiscais suspeitas de serem inidôneas, entre os anos calendário de 2016 e 2021, no valor total de R$ 245 milhões, com sonegação fiscal estimada em mais de R$ 100 milhões.

Por exemplo, tributos federais, desconsiderando-se multa e juros, posto que tais transações acarretaram a geração de créditos indevidos de PIS e Cofins, bem como reduziu as bases de cálculo do Imposto de Renda e da Contribuição Social sobre o Lucro Líquido.

Foram expedidos pela 2ª Vara Criminal/SJAM – Especializada no Julgamento de Crimes de Lavagem de Capitais, contra o Sistema Financeiro e Cometidos por Organizações Criminosas os 13 mandados de busca e apreensão, além de mandados de prisão.