ONU alerta sobre abusos sofridos por prisioneiros de guerra ucranianos e russos

Nesta semana, a chefe da missão de monitoramento de Direitos Humanos na Ucrânia, Matilda Bogner, alertou para violações contra prisioneiros de guerra dos países envolvidos no conflito. Apesar dos pedidos, até o momento a Rússia não permitiu que uma equipe da Organização das Nações Unidas (ONU) tivesse contato com os seus prisioneiros.

Já na Ucrânia, que também conta com relatos de tortura e maus-tratos contra os seus prisioneiros de guerra, permitiu que a equipe de Direitos Humanos da ONU tivesse acesso livre aos locais de detenção. No país foi constatado que os prisioneiros não estavam em instalações adequadas.

Desde o início da guerra, a equipe registrou mais de 400 casos de violações aos direitos humanos e desaparecimentos forçados pela Rússia.  Situação considerada preocupante para Bogner, que ressalta que os prisioneiros ucranianos são torturados de diversas formas e são mantidos em lugares sem alimento, água e saneamento. Além disso, também sofrem com doenças infecciosas.

Porém, a ONU frisa que casos de desaparecimentos forçados também foram cometidos por órgãos policiais ucranianos.

Além disso, a chefe da missão também destacou o caso das prisioneiras de guerra grávidas mantidas em locais controlados por forças russas, cuja liberação já foi solicitada em caráter de urgência e por motivos humanitários.

A Missão de Monitoramento dos Direitos Humanos da ONU na Ucrânia afirma que continuará a analisar e documentar os fatos na esperança de evitar novas violações e responsabilizar os responsáveis pelas violações já cometidas. Até o momento, mais de 5 mil pessoas já morreram por causa da guerra.

Com informações da ONU*

Foto principal: Unocha/Kateryna Klochko