OMS confirma primeira morte humana pela variante H5N2 da Gripe Aviária

A Organização Mundial da Saúde (OMS) confirmou nesta quarta-feira (05/06) a primeira morte humana no mundo pela gripe aviária H5N2, uma variante diferente da que atinge os Estados Unidos, e reportou que foi detectada no México.

A vítima é um homem de 59 anos, que morreu no estado do México, em abril, embora não tenha tido contato com aves. Autoridades investigam como ocorreu a contaminação.

“É o primeiro caso humano confirmado em laboratório de infecção pelo vírus influenza A (H5N2) relatado no mundo, e a primeira infecção pelo vírus aviário H5 relatada em uma pessoa no México”, informou a OMS, em comunicado.

O paciente morreu, em 24 de abril, após apresentar febre, falta de ar, diarreia e náusea. Segundo as autoridades de saúde, o homem “não tinha histórico de exposição a aves ou outros animais” , porém, estava debilitado. Ele ficou três semanas acamado até morrer. A vítima morava no Estado do México, segundo o jornal mexicano El País.

De acordo com a OMS, a fonte de exposição ao vírus, no caso do homem que morreu, segue desconhecida, embora tenham sido registrados casos de H5N2 em aves de criação no país. Segundo as autoridades mexicanas, o H5N2 afetou sobretudo aves no estado de Michoacán e também a região fronteiriça do estado do México.

Uma variante diferente da gripe aviária, a H5N1, se espalha há semanas entre rebanhos de vacas leiteiras nos Estados Unidos, mas sem registros de infecção entre humanos. Desde 2003, foram notificados à Organização Mundial da Saúde (OMS) um total de 874 infecções humanas, incluindo 458 óbitos, caracterizando alta letalidade, de acordo com o Ministério da Saúde.

Nas Américas, três casos de influenza aviária A(H5N1) em humanos foram identificados: um nos Estados Unidos (abril de 2022), um no Equador (janeiro de 2023) e um no Chile (março de 2023).

No Brasil, em 15 de maio de 2023, o Departamento de Saúde Animal da Secretaria de Defesa Agropecuária do Ministério da Agricultura e Pecuária (DSA/SDA/Mapa) notificou à Organização Mundial de Saúde Animal (OMSA) as primeiras detecções de influenza aviária em aves silvestres.

**Com informações Correio Braziliense