Nova York apresenta novo aumento no número de infecções por covid-19, especialmente nos bairros onde residem muitos judeus ortodoxos. O alerta foi dado pelo governador Andrew Cuomo nesta segunda-feira (28).
No sábado (26), o estado registrou mais de 1.000 casos positivos de coronavírus em um dia pela primeira vez desde 5 de junho. Nas últimas 24 horas, de 52.936 testes realizados, 834 deram positivo, uma taxa de infecção de 1,5%, sendo que durante meses esse número ficou abaixo de 1%.
Mesmo assim, o governador se mostra otimista em relação às taxas de contágio em Nova York, uma das mais baixas nas grandes cidades americanas. A ‘Grande Maçã’ registrou um total de 23.800 mortes desde março.
“Estamos vendo altas taxas positivas nos distritos de Brooklyn, Orange e Rockland”, três regiões com grandes populações de judeus ortodoxos, observou Cuomo. A taxa de infecção de 1,5%, porém, ainda é baixa se comparada, por exemplo, com as da Europa.
Em alguns dos bairros do Brooklyn mais atingidos, a taxa de contágio saltou de 5% para 6%. A taxa média de infecção na cidade é de 1%.
O aumento dos casos preocupa as autoridades porque ocorre poucos dias após a retomada das aulas nas escolas públicas da maior cidade americana, já adiada duas vezes.
“Estamos potencialmente no momento mais vulnerável ao vírus que vimos nos últimos meses”, disse o chefe de saúde pública municipal, Dave Choskhi, a repórteres na sexta-feira, em um dos bairros mais afetados do Brooklyn, enquanto era vaiado por manifestantes sem máscara.
As autoridades anunciaram que vão penalizar as escolas que não aplicam a obrigatoriedade do uso de máscaras e as regras de distanciamento social, inclusive nas “yeshivás”, as escolas judaicas ortodoxas onde se estudam a Torá e o Talmude.