O Ministério Público do Amazonas (MP-AM) ajuizou Ação Civil Pública para que a Justiça obrigue o prefeito de Rio Preto da Eva, Anderson Sousa (PP) a cancelar a realização da festa de Réveillon e Marcha pra jesus na cidade.
Para o ministério o evento está incentivando aglomerações e vão de encontro à situação de agravamento dos casos de covid-19, em todo o Estado.
O evento também contraria o decreto 43.236 publicado nesta segunda-feira (28) no Diário Oficial do Estado, com novas medidas para enfrentamento da emergência de saúde pública e que, entre outros itens, proíbe a realização de reuniões comemorativas, inclusive de Ano Novo, nos espaços públicos, clubes e áreas comuns de condomínios.
Por meio de Nota, nas redes sociais, Anderson Sousa se manifestou contra a suspensão da festa de Réveillon.
VEJA A NOTA DO PREFEITO DE RIO PRETO DA EVA
Todos os municípios tem um bom trabalho na atenção básica, e acredito que utilizando bem o recurso do Covid na estruturação.
Até o mês de março vou poder manter toda estrutura do Covid de acordo com o plano de aplicação aprovado no Conselho Municipal de Saúde, o hospital do município é estadual como 95% dos municípios, porém resolvi reformar com os recursos do FTI e FPM, montamos a ala rosa com 10 leitos e equipe 24 hs pagos pela prefeitura com recurso de emendas parlamentar federal e estadual.
Cada município tem sua realidade, Manaus está um caos devido à rede municipal não ter nada, o hospital de campanha que era da prefeitura foi desmontado, o Governo do Estado vem mantendo todas as atividades de combate ao Covid19 por Manaus ter pouca estrutura na atenção básica.
Aqui em Rio Preto da Eva temos 34 mil habitantes e possuímos 6 postos de saúde,9 Unidades Básicas de Saúde, todas com salas rosas (leito, respirador, balão de oxigênio e cápsulas Vanessa) e o hospital com 10 leitos, equipe do Covid 24 hs, medicamentos para três fases do vírus, fazemos a higienização da cidade, órgãos públicos e contratamos 75 fiscais para trabalhar no controle das medidas protetivas, além de adquirir 3 novas ambulâncias que estão a disposição do Hospital Thomé de Medeiros Raposo.
Optamos por não seguir o decreto devido nossa estrutura de farmácia estarem 100% abastecidas para as três fazes do protocolo, 20 leitos semi-utis e está ocupado dois (10%). Todos nós devemos fazer a flexibilização de acordo com a estrutura do município no combate ao Covid 19, conforme defende o Supremo Tribunal Federal.
Em quase dez meses da pandemia tivemos 2077 casos confirmados, sendo que 2011 estão recuperamos, 40 em isolamento social, 2 internados e 24 óbitos, dos quais, 14 foram infectados em Manaus quando estavam tratando de outras doenças.