Moraes arquiva investigação contra empresários bolsonaristas

O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes determinou o arquivamento do inquérito que investigava a participação de seis empresários apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) em um grupo de mensagens de WhatsApp onde declararam apoio a uma intervenção militar em caso de vitória de Luiz Inácio Lula da Silva nas eleições presidenciais. Moraes decidiu que o inquérito não apresentava uma “justa causa” contra seis dos empresários investigados.

Para o ministro, os seis investigados não ultrapassaram os limites da manifestação de opinião na troca de mensagens em um grupo restrito do WhatsApp.

A investigação apurou se os empresários bolsonaristas efetivamente apoiaram um golpe de estado. Os empresários José Isaac Peres, sócio do grupo Multiplan, empresa dona de diversos shoppings; Ivan Wrobel, controlador da construtora W3 Engenharia; José Koury, dono do Barra World Shopping no Rio de Janeiro; André Tissot, sócio do Grupo Sierra, empresa de móveis; Marco Aurélio Raimundo, controlador da Mormaii, empresa de artigos esportivos; e Afrânio Bandeira, dono do restaurante Coco Bambu, foram liberados das investigações.

Já quanto aos empresários Luciano Hang, da Havan, e Meyer Nigri, da construtora Tecnisa, Moraes atendeu ao pedido da Polícia Federal (PF) para garantir a conclusão da análise do material extraído do celular de Hang e encerrar a apuração dos vínculos de Nigri com Bolsonaro.

O procedimento foi iniciado em agosto de 2022, logo após a revelação das conversas em que os empresários defendem um golpe de Estado no país. À época, foram tomadas ações cautelares de busca e apreensão e bloqueio de ativos a fim de evitar o planejamento ou financiamento de ações de teor golpista e antidemocrático. Correio Brasiliense.