
Em um dia misto no mercado financeiro, o dólar registrou forte queda, enquanto a bolsa de valores também enfrentou dificuldades. A moeda norte-americana despencou mais de 3% em março, refletindo a cautela com a entrada em vigor das tarifas do governo de Donald Trump. Apesar da queda do dólar nesta segunda-feira (31), a bolsa teve uma alta de cerca de 6%, marcando o melhor desempenho mensal desde agosto do ano passado.
O dólar comercial fechou o dia cotado a R$ 5,706, com desvalorização de R$ 0,054 (-0,94%). Inicialmente, a moeda abriu em alta, mas passou a cair após a abertura dos mercados nos EUA. Durante o dia, a cotação chegou a atingir R$ 5,69, o valor mais baixo desde o dia 20 de março. No acumulado do mês, o dólar caiu 3,57% e acumula perda de 7,67% em 2025.
Em contraste com o câmbio, o mercado de ações teve um desempenho mais instável. O índice Ibovespa, da B3, fechou com queda de 1,25%, aos 130.259 pontos, impulsionada pela realização de lucros, quando investidores vendem ações para garantir ganhos recentes. Mesmo assim, o índice subiu 6,08% em março e acumula alta de 8,29% no ano.
Fatores internos e externos impactaram o mercado financeiro. No Brasil, a formação da taxa Ptax, que corrige a parcela da dívida do governo em dólar, ajudou na queda do dólar, com investidores estrangeiros reduzindo suas apostas contra o real. Isso fez o real se descolar de outras moedas emergentes, que se desvalorizaram nesta segunda-feira.
Internacionalmente, os investidores acreditam que o Brasil será menos impactado pelas tarifas recíprocas que os Estados Unidos imporão a partir de quarta-feira (2), com uma tarifa de 25% sobre a importação de automóveis.