
O Ministério Público do Distrito Federal deve formalizar a denúncia contra o atacante Bruno Henrique, do Flamengo, nas próximas semanas. O jogador foi indiciado pela Polícia Federal, nesta terça-feira (15), por forçar um cartão amarelo e beneficiar apostadores, contra o Santos, pelo Brasileirão de 2023.
O relatório com 84 páginas indicia o jogador e mais nove pessoas. Bruno Henrique foi indiciado no artigo 200 da Lei Geral do Esporte, que fala em “fraudar, por qualquer meio, ou contribuir para que se fraude, de qualquer forma, o resultado de competição esportiva ou evento a ela associado”.
Além do jogador do Flamengo, também foram indiciados o irmão Wander Nunes Pinto Júnior, Ludymilla Araújo Lima, esposa de Wander, e a prima Poliana Ester Nunes Cardoso. Bruno Henrique e o irmão vão responder por fraude, enquanto o restante por estelionato.
Existe ainda um segundo núcleo de apostadores sob investigação, que seriam amigos do irmão do jogador. A expectativa é de que a denúncia possa ser oferecida até o fim de abril ou começo de maio, para que a Justiça do Distrito Federal decida se tornará o atleta réu.
As investigações começaram em agosto do ano passado. Três casas de apostas alegaram movimentações suspeitas relacionadas ao cartão amarelo recebido por Bruno Henrique. Uma delas apontou que 98% de todas as apostas de cartões daquela partida foram direcionadas para o jogador do Flamengo.
Apesar da investigação desde o ano passado, o Flamengo não afastou Bruno Henrique. O caso chegou ao STJD em agosto, mas o órgão alegou que os relatos “não eram suficientes” para a instauração de um inquérito. Agora, a Procuradoria solicitou à Polícia Federal o compartilhamento do relatório.