Mesmo envolvido em polêmicas, Elan Alencar é cotado para disputar a presidência da CMM

Nesta semana, o empresário Osvaldo Cardoso, que é presidente estadual do ‘Pros’, sinalizou que está confiante de que o partido terá um representante na presidência da Câmara Municipal de Manaus (CMM). Entre os três vereadores eleitos, o nome que se destaca para a disputa do cargo é o de Elan Alencar.

Apesar de estar envolvido em várias polêmicas, como dívida de pensão alimentícia e desvio de verba pública, o nome do vereador aparece como o principal na disputa pela presidência da casa, já que ele mantém um bom relacionamento com o governador do Estado, Wilson Lima, e o prefeito de Manaus, David Almeida.

De acordo com Cardoso, o partido está confiante e já tem o apoio de outros parlamentares da CMM. A próxima eleição à presidência da Câmara Municipal de Manaus, para o biênio de 2023/2024, acontecerá na segunda-feira (5).

Polêmicas

Mesmo que tenha tido um papel significativo no cenário político amazonense, tanto em Manaus quanto no interior, Elan Alencar (Pros), que foi eleito em 2020 com 3.182 votos, é mais um parlamentar do Estado que está envolvido em polêmicas.

Em junho deste ano, a justiça do Amazonas determinou a prisão domiciliar do vereador devido à falta de pagamento de pensão alimentícia. Em sua decisão, o juiz Marcos Santos Maciel, da 1ª vara de família, ressaltou que deixar de pagar alimentos sem buscar a Justiça para readequar o valor pode configurar o abandono material dos filhos.

Além desse caso, no início de novembro deste ano, Elan Alencar foi destaque na mídia local por destinar R$ 150 mil da Ceap (Cota para o Exercício da Atividade Parlamentar) para o seu próprio blog, o site ‘AM Hoje’, fundado em 2008.

Segundo informações, os diversos pagamentos foram realizados no período de março de 2021 a setembro de 2022. Neste ano, o valor mensal saltou de R$ 3,9 mil para R$ 19 mil. A ação viola a Lei 437/2016.

“Não será admitida a utilização da cota para ressarcimento de despesas relativas a bens fornecidos ou serviços prestados por empresa ou entidade da qual o proprietário ou detentor de qualquer participação seja o vereador ou parente seu até o terceiro grau”, diz o parágrafo 10 do artigo 4º da lei citada anteriormente.

O valor total utilizado de forma irregular pelo parlamentar é de R$ 149.552,75. As informações constam no portal da Câmara Municipal de Manaus. Quando questionado sobre os pagamentos indevidos, o vereador não se pronunciou sobre o assunto.