Médicos sócios do empresário Mouhamad Moustafá, condenado na Operação Maus Caminhos, apresentaram ação na Justiça do Amazonas pedindo a retirada do nome deles da Simea (Sociedade Integrada Médica do Amazonas). São 17 profissionais que, para tentar acelerar o processo, renunciaram a suas cotas, que variam entre R$ 50 e R$ 500.
Moustafá foi condenado em 12 ações penais que somam 131 anos de prisão por crimes de peculato e organização criminosa. Ele é apontado pelo MPF (Ministério Público Federal) como líder do esquema de fraudes que desviou R$ 104 milhões da Saúde do Amazonas entre 2014 e 2016 e que foi descoberto pela Operação Maus Caminhos.
Preso desde dezembro de 2018, Mustafá deixou o CDPM II (Centro de Detenção Provisória Masculino 2) em agosto deste ano, após decisão do ministro Nefi Cordeiro, do STF (Superior Tribunal de Justiça), que considerou ilegal a prisão do médico. Ele está proibido de manter contato com testemunhas e réus na ‘Maus Caminhos’.
Os médicos alegam que pediram a saída do quadro societário da empresa em 2017, mas não foram atendidos.
