Uma mulher foi presa na quinta-feira (15) na cidade de Juazeiro, no norte da Bahia, sob a suspeita de ter permitido que sua filha de apenas 5 anos fosse estuprada por três de seus namorados. A informação foi confirmada pelo delegado Thiago Rodrigues, coordenador de operações da Polícia Judiciária (COPJ), que também informou a prisão dos três homens.
As prisões em Juazeiro fazem parte de uma operação maior, denominada “Dia D da Operação Caminhos Seguros”, que resultou na detenção de outras dez pessoas na Bahia, todas suspeitas de envolvimento em crimes sexuais contra crianças e adolescentes. As ações policiais ocorreram também em Salvador, Jequié, Maraú e Bom Jesus da Serra.
Conforme o delegado Thiago Rodrigues, a investigação do caso de Juazeiro iniciou após o pai da menina notar mudanças significativas no comportamento da filha. A vítima foi ouvida por meio de escuta especial, e seu depoimento confirmou os indícios dos abusos.
“É um crime de gravidade extrema, que causa repulsa em qualquer ser humano, e que acontece, geralmente, em ambiente familiar. A gente tem uma estatística muito alta de participação e autoria por parte de pessoas do seio familiar”, declarou o delegado à imprensa local, ressaltando a hediondez do crime.
As investigações revelaram que a criança teria começado a sofrer os abusos sexuais quando tinha apenas 3 anos, evidenciando a extensão da violência sofrida.
O delegado Thiago Rodrigues fez um apelo à população: “A orientação é que as pessoas que convivam com as crianças não se eximam de denunciar. Utilizem o 181 para denunciar professores, familiares ou amigos”, incentivando a notificação de qualquer suspeita de abuso.
Segundo a Secretaria de Segurança Pública da Bahia (SSP-BA), diversos mandados de prisão foram cumpridos em diferentes bairros de Salvador como parte da mesma operação. A ação é fruto de investigações conduzidas pela Delegacia Especializada de Repressão a Crimes Contra a Criança e o Adolescente (Dercca).
A “Operação Caminhos Seguros” integra uma mobilização nacional promovida pelo Ministério da Justiça e Segurança Pública e contou com a participação de 50 policiais civis, com o apoio de unidades especializadas do Departamento de Proteção à Mulher, Cidadania e Pessoas Vulneráveis (DPMVC), demonstrando um esforço conjunto para combater a violência sexual contra crianças e adolescentes no estado.
