
A ex-primeira-dama do Peru, Nadine Heredia, desembarcou em Brasília no fim da manhã desta quarta-feira (16) após receber asilo diplomático do governo brasileiro.
Ela viajou ao país a bordo de uma aeronave da Força Aérea Brasileira (FAB), acompanhada de seu filho mais novo, Samir Mallko Ollanta Humala Heredia, que também recebeu autorização de asilo.
A chegada aconteceu menos de 24 horas após a Justiça peruana condenar Heredia e seu marido, o ex-presidente Ollanta Humala, a 15 anos de prisão por lavagem de dinheiro.
A condenação, proferida pela Terceira Vara Colegiada do Tribunal Superior Nacional do Peru, envolve o recebimento de recursos ilícitos da empreiteira brasileira Odebrecht, usados nas campanhas eleitorais do casal. Segundo a sentença, os dois também teriam recebido dinheiro do governo venezuelano, na época liderado por Hugo Chávez — algo negado por Heredia.
Diferente do ex-presidente Humala, que foi preso imediatamente após a decisão judicial, Nadine buscou refúgio na embaixada brasileira em Lima assim que a sentença foi lida. A magistrada Nayko Coronado Salazar havia determinado a prisão imediata dos condenados, o que acelerou os trâmites para o pedido de asilo.
Diferente do ex-presidente Humala, que foi preso imediatamente após a decisão judicial, Nadine buscou refúgio na embaixada brasileira em Lima assim que a sentença foi lida. A magistrada Nayko Coronado Salazar havia determinado a prisão imediata dos condenados, o que acelerou os trâmites para o pedido de asilo.
Segundo a defesa da ex-primeira-dama, o uso da aeronave oficial foi adotado por motivos de segurança. Apesar da autorização para deixar o país, as autoridades consideraram inadequado que ela embarcasse em um voo comercial.
A concessão de asilo reacende as tensões em torno do escândalo de corrupção que há anos abala o cenário político peruano. A Odebrecht, atual Novonor, confessou ter distribuído propinas a políticos de toda a América Latina. No Peru, a Lava Jato levou à prisão de diversos ex-presidentes: além de Humala, Pedro Pablo Kuczynski renunciou ao cargo em meio a denúncias, Alejandro Toledo foi condenado a 20 anos de prisão e Alan García cometeu suicídio em 2019 ao saber que seria preso.