Justiça bloqueia bens do deputado delegado Pablo, investigado por corrupção, lavagem de dinheiro pela PF

Os bens do deputado federal Delegado Pablo (PSL) foram bloqueados por determinação da Justiça Federal do Amazonas, o deputado é um dos alvos da operação  “Operação Seronato”, que foi deflagrada pela Polícia Federal, no qual, investiga possíveis práticas de crimes como corrupção passiva, falsidade ideológica e lavagem de dinheiro. Além disso, o inquérito aponta crimes como corrupção e violação de sigilo funcional da “Operação Udyat”.

A decisão judicial, pelo juiz Federal Titular da 2ª Vara Federal, Marllon Souza, determinou o sequestro de um imóvel localizado na Av. Efigênio Sales e outro na Av. Jufari. A determinação da justiça também autorizou o compartilhamento de todas as informações obtidas com a Receita Federal do Brasil para que sejam realizados os lançamentos e cobranças de tributos eventualmente sonegados no período. Assim, a Receita poderá analisar se o investigador cometeu outros crimes fiscais.

Na época que a operação Seronato foi deflagrada o deputado Pablo se pronunciou através das redes sociais. Ele afirmou que as acusações são mentiras e descabidas, de fatos ocorridos há 8 anos atrás. Além do depuado, são investigados dois dos seus familiares, ainda dois empresários e da ex-sócia de uma das empresas envolvidas.

De acordo com a Polícia Federal, as provas dos crimes citados e indícios de autoria colhidos ao longo do primeiro inquérito indicam que o Delegado Pablo teria se prevalecido do cargo ao fazer mau uso das informações obtidas durante a investigação que resultou na “Operação Udyat”, deflagrada em 2012. A PF informou que o delegado teria viabilizado, de forma indevida, o agenciamento da venda de uma empresa pertencente a sua mãe, pelo valor de R$ 500 mil.

Já a segunda investigação, ainda conforme a PF, pretende esclarecer práticas de crimes de falsidade ideológica, favorecimento em razão do cargo e lavagem de dinheiro. Esses crimes teriam sido praticados na subcontratação da empresa registrada em nome da mãe do policial federal, para que ela executasse o paisagismo do Aeroporto Internacional de Manaus, pelo valor de R$ 1,2 milhão.

O deputado frente as acusações informou, por meio da assessoria, que não vai se pronunciar a respeito.

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