Jovem é acusada de fraudar cota racial em concurso público

Uma jovem identificada como Noemi da Silva Araújo, está sendo acusada nas redes sociais de ter fraudado as cotas raciais de um concurso público. A jovem prestou concurso para analista judiciário do Tribunal de Justiça do Distrito Federal e dos Territórios.

O autor da publicação, Adalberto Neto, reuniu diversas fotos da candidata que foi aprovada para o cargo como participante negra.

O cargo que a jovem concorreu tem salário inicial de R$ 12.455,30. No resultado preliminar do exame, Noemi chegou a ter sua autodeclaração recusada mas entrou com recurso e foi aprovada.

Acionado por Neto, o advogado e membro da Advocacia Preta Carioca, Bruno Cândido irá acionar o Conselho Nacional de Justiça para apurar a suspeita de fraude.

De acordo com Noemi, ela passou por todo o processo de verificação de enquadramento na política de cotas e afirma se autodeclarar como parda “muito antes do advento da Lei de Cotas”.

De acordo com uma nota enviada à imprensa, Noemi afirma: “Aparentemente o autor da publicação desconhece a Lei de Cotas, e todo o procedimento adotado pelo TJDFT para garantir que a lei seja cumprida. A referida lei n º 12.990/2014 dispõe que cotas raciais em certames públicos serão concedidas à pessoas de classificação negra-pretas e negro-pardas, na ultima, me incluo, com base na classificação do IBGE. ” Além disso, a mulher afirma estar sofrendo ameaças à sua integridade física após a publicação de Neto.

A defesa de Noemi registrou uma liminar pedindo para que Adalberto retire a publicação do ar. O TJDFT esclarece que não houve qualquer participação na realização da prova do concurso.

“A responsabilidade para apurar qualquer ilegalidade é toda da entidade que foi contratada para realizar o concurso, no caso a FGV’’.

Apesar da afirmação, o órgão não se pronunciou sobre o caso.