Jovem ativista morre por complicações pós aborto

Complicações pós aborto levam à morte jovem ativista dos direitos das mulheres de 23 anos, conhecida por sua militância política na Argentina. María del Valle González era estudante de Serviço Social na Universidade Nacional de Cuyo. O caso está sendo investigado e justiça fala em negligência médica. Acredita-se que María recebeu uma receita incorreta.

De acordo com o jornal Mendoza Post, a jovem foi medicada com um comprimido abortivo. O procedimento é legal no país desde dezembro do ano passado. María foi para casa e dois dias depois começou a se sentir mal. No sábado foi internada no hospital Perrupato com dores abdominais e faleceu no dia seguinte por infecção generalizada.

Tragédia

Em países onde o aborto é legal, o procedimento geralmente é seguro e as complicações são raras. Em todo o mundo, o aborto induzido representa 13% das mortes maternas e a maioria esmagadora das mortes ocorre em países onde o aborto é ilegal.

As taxas do procedimento recuaram de forma significativa entre os anos 1990 e 2014 em países onde a prática é legalizada. É o que conclui a instituição norte-americana Guttmacher Institute, especializada em direitos reprodutivos da mulher.

No Brasil, é difícil contabilizar o número exato de mortes e sequelas deixadas pelos abortos inseguros devido à subnotificação, o SUS registrou pelo menos 203 mortes por aborto apenas em 2016, o que representa uma morte a cada 2 dias. Nos últimos 10 anos, foram duas mil mortes maternas por esse motivo.