Janeiro é o mês com mais mortes em toda a pandemia

Em apenas 10 dias de janeiro, Manaus superou o número de mortes por covid-19 comparado ao registrado em maio de 2020, quando teve 343 óbitos pela doença, durante o primeiro pico da pandemia na cidade, Neste ano, a capital já executou 379 sepultamentos de vítimas da Covid-19. 

Óbitos pelo novo coronavírus representam 38,9% do total de sepultamentos e cremações neste mês, que corresponde a 972. Sepultamentos relacionados à doença no primeiro mês de 2021 são maiores que os computados nos nove meses da pandemia em 2020: dezembro (151), novembro (122), outubro (120), setembro (89), agosto (77), julho (67), junho (121), maio (348) e de abril (190), segundo dados da prefeitura de Manaus.

No domingo, a prefeitura executou 144 sepultamentos, recorde diário do mês e desde o início da pandemia. O segundo maior registro de tantos enterros em um único dia em Manaus foi em 26 de abril, quando 140 sepultamentos foram registrados. O informe funerário de domingo revelou ainda quatro óbitos por casos suspeitos da doença. 

CRESCENTE

Desde a primeira semana do ano o registro de sepultamentos e de óbitos por Covid-19 vem crescendo. Nos últimos cinco dias, os enterros na capital somam 609, sendo 259 enterros tendo o novo coronavírus entre as causas da morte.

Na capital, há o registro epidemiológico de 3.716 óbitos confirmados em decorrência do novo coronavírus, conforme boletim da Fundação de Vigilância em Saúde do Amazonas divulgado no domingo. Dos 213.916 casos confirmados no Amazonas, 89.570 (41,8%) são em Manaus e 124.391 (58,1%) nos 61 municípios do interior do estado.

O prefeito de Manaus, David Almeida (Avante) anunciou que serão construídas 22 mil sepulturas verticais emergenciais no Cemitério Tarumã, na Zona Oeste de Manaus, para evitar o colapso no sistema funerário. O Sindicato das Empresas Funerárias do Amazonas descartou a escassez de caixões até o final de janeiro.