Influenciadores são alvos de operação policial que investiga rifas ilegais

Três influenciadores digitais, que juntos somam mais de 28 milhões de seguidores nas redes sociais estão entre as cinco pessoas que são alvos de uma operação deflagrada na manhã desta quarta-feira pela Delegacia do Consumidor (DECON).

O objetivo da ação é cumprir sete mandados de busca e apreensão de suspeitos de fazer rifas ilegais pelas redes sociais e lesar seus seguidores, num esquema que já teria movimentado ao menos R$ 15 milhões.

Segundo informações, os influenciadores investigados são: Luiz Guilherme de Souza, o Gui Polêmico, que tem 15 milhões de seguidores nas redes sociais; Samuel Bastos de Almeira, o Almeida do Grau, com 450 mil seguidores; e Nathanael Cauã Almeida de Souza , o Chefin, com 13,5 milhões de seguidores.

O inquérito mostra que eles promoviam rifas de lotes de telefone celular, carros de luxo, dinheiro e até mesmo apartamento.

Após a operação, MC Chefin usou as redes sociais para lamentar a apreensão do cordão. Em um vídeo postado em janeiro em uma página, ele aparece usando a mesma joia, que foi apreendida nesta terça-feira, quando estava em helicóptero.

Os prêmios nunca eram entregues aos vencedores. Para simular credibilidade, os acusados simulavam entregas de bens valiosos aos próprios comparsas, que eram gravadas e publicados nas redes sociais para que os seguidores acreditassem na farsa.

Um desses sorteios, realizados no ano passado, valia um carro e uma moto. Cada tíquete custava R$ 0,35. O apostador tinha de escolher números de 0 a 9.999.999, num total de 10 milhões de combinações possíveis. Em sorteios regulares, baseados na Loteria Federal são utilizados cinco números de 0 a 9, num total de 100 mil combinações possíveis.

Os mandados estão sendo cumpridos nas residências dos investigados, em bairros nobres do Rio, Niterói e São Gonçalo, na Região Metropolitana, e em Magé, na Baixada Fluminense. A polícia pretende identificar outros integrantes do grupo, além de buscar provas de outros delitos, como lavagem de dinheiro.

De acordo com as investigações, os alvos utilizavam artifícios fraudulentos para manipular sorteios e controlar os resultados. Os lucros milionários são investidos na compra de veículos de luxo e mansões, segundo a polícia.

Os investigados respondem pelos crimes de jogo de azar, crime contra a economia popular e associação criminosa.

**Com informações O GLOBO