
Ter casa ou carro próprio já não é mais uma prioridade e, para muitos jovens brasileiros, nem parece uma possibilidade real.
Com o aumento do custo de vida, aluguéis elevados e salários que não acompanham a inflação, a nova geração enfrenta dificuldades para atingir o padrão de estabilidade que era comum às gerações anteriore.
Recentes do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) e do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese) mostram que mais de 70% dos brasileiros entre 20 e 34 anos vivem de forma dependente ou em moradias temporárias, como quitinetes, repúblicas ou com os próprios pais.
O aumento expressivo nos preços de imóveis e veículos, que ultrapassam 40% nos últimos anos, agrava ainda mais a situação. A renda média da população jovem não acompanha esse crescimento, o que torna o acesso a financiamentos e compras de bens duráveis cada vez mais distante.
Diante desse cenário, muitos jovens abandonam ou adiam o sonho da casa própria e do carro na garagem. Para a maioria, manter as contas em dia, quitar dívidas e garantir uma rotina minimamente estável já é considerado uma conquista significativa.