Guedes pede “coragem” a políticos para barrar aumento a servidores

O ministro Paulo Guedes devolveu nesta quinta-feira (11/2) a cobrança feita pelo presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), para que a equipe econômica encaminhe o mais rapidamente possível ao Congresso uma proposta para a retomada do auxílio emergencial. O benefício, que repassou até R$ 600 mensais para famílias de baixa renda afetadas pela pandemia, acabou em dezembro.


“Não adianta falar: ‘Paulo Guedes, manda aí auxílio’. Eles dizem: ‘Auxílio emergencial urgente!’ Eu digo: PEC de Guerra que me permite fazer isso. O Congresso precisa estar disposto a fazer a PEC (Proposta de Emenda Constitucional) de Guerra”, afirmou Guedes em reunião virtual da Sociedade Nacional de Agricultura, sem citar o nome de Lira.

Na reunião virtual, Guedes ainda afirmou que a classe política “precisa ter coragem” para admitir que “não tem aumento de salário para funcionalismo público este ano”, porque o país enfrenta um protocolo de guerra. “Podemos ter todos os recursos possíveis para o combate da pandemia, mas temos que conter os outros gastos”, disse o ministro.

Pela manhã, Lira afirmou que o assunto da volta do auxílio emergencial “urge” e reclamou que “nada ainda foi encaminhado praticamente” pela equipe de Guedes. “Urge que o ministro Guedes nos dê com sensibilidade do governo uma alternativa viável, dentro dos parâmetros da economia como ele pensa e como a sociedade deseja, a situação está ficando crítica na população e precisamos encontrar uma alternativa”, disse.