Garantido vence com diferença mínima e notas de jurados duvidosas levantam suspeitas no Festival

O boi Garantido conquistou seu 33º título no Festival Folclórico de Parintins e interrompeu a sequência de três vitórias consecutivas do boi Caprichoso. Apesar da festa da nação vermelha e branca, o resultado final foi amplamente questionado e considerado por muitos como duvidoso, o que acabou manchando a credibilidade e a história do festival.

Após três noites de espetáculo, o Garantido saiu vitorioso em todas, mas sempre por margens extremamente apertadas. Na primeira e na segunda noite, a diferença foi de apenas dois décimos (419,8 x 419,6 e 419,5 x 419,3, respectivamente). Na terceira, o boi Caprichoso somou 125,7 pontos contra 125,9 do Garantido, consolidando a vitória vermelha e branca com mais uma pontuação mínima.

Com o tema “Garantido, boi do Brasil”, o boi da baixa do São José apostou em um enredo que exaltou a identidade nacional, unindo elementos populares, indígenas e afro-brasileiros. A apresentação foi marcada por alegorias grandiosas, trilhas envolventes e forte simbolismo cultural, destacando figuras como a cunhã-poranga Isabelle Nogueira, o pajé Adriano Paketá e a sinhazinha Valentina Coimbra.

A proposta encantou parte do público, mas a avaliação final do corpo de jurados gerou intensa controvérsia. Nas redes sociais e nas ruas de Parintins, torcedores e críticos apontaram inconsistências e levantaram suspeitas sobre a lisura da apuração, o que levantou dúvidas sobre a imparcialidade do julgamento.

Apesar das comemorações intensas por parte dos torcedores do Garantido, a edição de 2025 do festival entrou para a história não apenas pelo retorno do título ao bumbá encarnado, mas também pelas polêmicas que abalaram a confiança no processo de avaliação do maior espetáculo folclórico do país.