A ministra das Relações Institucionais, Gleisi Hoffmann, intensificou a articulação do governo Lula para barrar a criação de uma Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) destinada a investigar a fraude bilionária no Instituto Nacional do Seguro Social (INSS), envolvendo descontos associativos.
Em reunião com líderes da base governista na segunda-feira (5), na residência oficial da Câmara dos Deputados, Gleisi argumentou que a CPMI poderia prejudicar a tramitação de projetos prioritários para o governo nas duas Casas.
Entre os projetos destacados pela ministra, estão o aumento da isenção do Imposto de Renda (IR) para quem recebe até R$ 5 mil e a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) que centraliza a política de segurança em Brasília.
O deputado Márcio Jerry (PCdoB-MA), ao divulgar registros da reunião nas redes sociais, classificou o diálogo com Gleisi como “ótimo e produtivo”. O líder do governo Lula na Câmara, deputado federal José Guimarães (PT-CE), também compartilhou registros do encontro, reforçando o compromisso do governo em “organizar a pauta e trabalhar ao lado do presidente Lula por um Brasil com mais justiça, desenvolvimento e oportunidades para todos”.
Enquanto o governo articula para evitar a CPMI, a oposição, que havia anunciado o protocolo do pedido para terça-feira (6), adiou a entrega para a próxima semana, buscando reunir mais assinaturas. Na Câmara, um pedido de CPI já foi protocolado, mas o presidente da Casa, deputado Hugo Motta (Republicanos-PB), indicou que respeitará a fila de 12 comissões de inquérito, inviabilizando a instauração imediata da CPI do INSS.
